1.10.05

Amigos

Demorei alguns dias a voltar aqui... e não foi por certo por falta de vontade de grasnar. Motivos não têm certamente faltado!
Nos últimos dias, por diferentes razões, recebi novas de amigos espalhados por vários países. Apesar de não nos vermos com frequência (pelo contrário!), criaram-se laços tão fortes que nem a distância nem o tempo conseguem apagar! Conheci alguns há 14, 15 anos, e privámos apenas durante algumas semanas. Mas as circunstâncias foram tão especiais, tão únicas, que apesar de em alguns casos não nos termos voltado a encontrar, continua a ser natural pegar no telefone e perder a noção do tempo enquanto pomos a conversa em dia (como se isso fosse possível!), ou teclar no Messenger horas sem fim. E a colecção de postais que cada um orgulhosamente guarda espelha os carimbos dos passaportes dos outros!
Aventuras várias, longas e irrepetíveis viagens, reuniões de trabalho, ... foi aqui que encontrei estes 'bálsamos' para os dias + complicados. Tantas histórias guardamos, daquelas que não podemos contar a mais ninguém porque ninguém acreditaria (curioso: 'sofremos' todos deste mesmo problema, onde quer que estejamos, e discutimos já isto!) . E quando me sinto mais 'em baixo de forma', ouvir no outro lado da linha um sonoro 'Hello' com sotaque de um país do norte da Europa ou árabe, por exemplo, é suficiente para me dar um choque de 'vitaminas' capaz de me levar à Lua!
E quando se dá o milagre de nos reencontrarmos, é como se nos víssemos todos os dias: a conversa flui naturalmente, sem silêncios incómodos, como se nunca tivesse parado, como se tivéssemos estado sempre a caminhar lado a lado e soubéssemos tudo uns dos outros. Alguns constituíram família, mas a harmonia e a confiança mantêm-se.
Independentemente dos amigos que sei que tenho por perto, aqui, e com quem me encontro com mais facilidade, acho que não conseguem estar 'tão perto' de mim com estes meus Amigos. Com quem me sinto tão à-vontade e quem me fazem tão bem: enchem-me o coração e fazem-se sentir a pessoa mais sortuda do mundo...! ;)

19.9.05

Mais um sinal preocupante...

Os últimos dias têm sido pródigos em novos (ditos) reality shows na nossa televisão. Não quero de modo algum desperdiçar o pouco tempo livre que tenho, por isso não acompanho este tipo de programas. Mas no meio de um zapping por vários canais, há pouco, pareceu-me ver um ou dois soldados. Parei um pouco nesse canal para me certificar: qual o meu espanto ao ver que sim, que se trata de alguns elementos do exército português, do nosso exército, que agora se dedicam a (teoricamente) ensinar a uns tantos gabarolas e auto-proclamados celebridades (e tão ocos quanto convencidos!), live on TV.

Como é que é possível isto? Ao que chegámos...! Numa altura falam de direitos e reivindicam a continuação das mordomias e benefícios de que há muito gozam, como é possível permitir-se tamanha promiscuidade entre uma classe que - concordemos em absoluto ou não -, representa(ria) o que de mais sério e honrado há no ser português, com toda a imagem de rigor e disciplina que todos lhe associamos, e personagens tão inqualificáveis como José Castelo Branco ou o seu 'amigo' Frota, Valentina Torres ou a Romana? Qual é o objectivo de tudo isto? Dir-me-ão que também têm direito aos seus 15 minutos de fama... ou a ganhar mais uns cobres. Concordo, mas apenas enquanto civis! Uma instituição que se quer séria e que transmita valores não pode rebaixar deste modo! Ninguém vê isto? Ou a guerra das audiências tudo permite?

18.9.05

O primeiro grasnar

Após muitos meses de hesitações e de falsas partidas, eis-me finalmente chegado ao mundo dos blogs, a este imenso lago onde espero encontrar um cantinho para um ou outro grasnar entre dois mergulhos.

Como qualquer outra ave aquática palmípede lamelirrostra (uffa, que nome complicado!), grasno quando estou contente, quando estou triste, quando estou assim-assim, enfim, quando me apetece mostrar a quem também está neste lago que gosto ou não gosto de qualquer coisa. Não há tabus nem há 'linha editorial' definida para este meu grasnar; aqui poderás encontrar um pouco de tudo.

Se me quiseres ajudar a descobrir este lago, podes escrever-me. Assim, este fica a ser o meu / teu / nosso cantinho, e o nosso lago fica mais bonito porque o descobrimos juntos.