28.2.06

Passeio retemperador

Esta manhã consegui deitar abaixo a inércia de ficar em casa a "borregar" e fui passear junto ao rio. Apesar de morar perto, raras vezes passeio até lá, assim calmamente, perdida no tempo... E como me soube bem...!

A manhã estava linda, céu muito azul, sol quente mas com um ventinho cortante. Muitos desportistas por ali (só de fim-de-semana?), dividindo-se entre a corrida ou simples passeio, a bicicleta ou umas futeboladas na relva. Muitos pais com filhos pequenos, alguns avós. E eu, sozinha, calma, descansada, ainda arrisquei algumas fotos a gaivotas que passeavam por perto. Maré-baixa, muito baixa mesmo, o rio morria longe. Luminosidade linda. Como se tudo e todos irradiassem calma, descontracção, mesmo felicidade.

Soube mesmo bem passear ali, ver o rio, a ponte, a relva, a vida. "Cheirar" o sol quente e o rio. Lembrar-me de como aquela zona era antes da Expo, um monte de sucata, "invisitável". O oposto do que é agora. Tento prometer a mim própria repetir este passeio matinal amiúde. Será que vou conseguir cumprir este propósito? Conhecendo-me como me conheço, não sei, não...

Enquanto passeava pensei nos meus últimos dias, no emprego, em conversas recentes, em ti. Nas coisas que já fiz na vida e que me enchem de orgulho. Em outras que gostaria de ter feito há 5, 10, 15 anos e que ainda não concretizei. Pensei que tudo tem um tempo para acontecer, e que há alturas em que não vale a pena forçar o destino.

Lembrei-me de um dos posts de ontem, o dos 3 anos. Acho que nunca vou esquecer a data, masmo que as coisas entre nós se tenham desvanecido (nunca esquecido!). Como foi acontecendo, naturalmente, como era de esperar que acontecessem, como tinham mesmo de acontecer. Foi muito bom, tem sido muito bom...

Foi há 3 anos...

... que tudo começou. 27 de Fevereiro, não me esqueço (atrasei-me nos posts esta noite, este já vai ficar com a data de 28). O ambiente estava a ficar "complicado", o nervoso miudinho quando te via ou sentia por perto, as trocas de olhares ou de mensagens com duplos sentidos. Até que num 27 de Fevereiro, lá pelas 10 da noite (lembro-me do local, de gestos e palavras tuas - ainda hoje tremo ao recordar tudo isso) arriscaste um beijo. Claro que a esse se seguiram muitos mais (e como beijas bem! Entre outras coisas em que também "dás cartas", bem entendido...) :)

Há 3 anos, será? O tempo voa...! Curioso: tenho a certeza do dia e da hora mas não posso jurar o ano. Ah, foi numa 6ª-feira; também tenho a certeza disto.

Muita coisa aconteceu entretanto, e apesar de tudo não mudaria nada, voltaria a embarcar nesta aventura contigo. Foi bom, foi mesmo muito bom, tem sido muito bom!

Fiquei feliz...

... com uma conversa espectacular que tive ao final da tarde, com quem não contava, num ambiente que esperava minimamente formal mas que se tornou como que numa conversa de desabafos e sonhos, intimista q.b., pessoal. Quase 3 horas voaram, esquecemos o tempo, a formalidade e soltámos a conversa. O tipo de conversa que poderia muito facilmente ter ocorrido entre amigos, num café ou numa esplanada; só faltava uma bebida. Foi apenas a 2ª vez que nos vimos, e era uma entrevista!
À saída senti-me "leve", e com a agradável sensação de que tinha sido, para ambos, um final de tarde inesperado e diferente. Um excelente início para uma semana que não se antevê nada fácil...

21.2.06

Que bom!

Chegar a casa tarde, cansada, "mais p'ra lá do que p'ra cá" e ver que tinha chegado um postal de uns amigos que estão na neve (que inveja!) e ter, entre outros, um e-mail bem divertido de um outro amigo. Já me vou deitar mais animada!

19.2.06

Mais uma semana...

...e eu sem pachorra nenhuma! Será do tempo? Não só mas também... É verdade que o meu estado de espírito e o meu humor variam de uma forma incrivelmente rápida, e muitas vezes por culpa da meteorologia. Por outro lado, tenho em mãos alguns projectos muito interessantes que quero "ver nascer", e portanto vou ter de trabalhar "à grande" para que isso aconteça. Será incentivo suficiente? Lá terá de ser...

9.2.06

Puff...!!!!

Era isto que gostava que me acontecesse agora: um estalar de dedos, Puff...! e apareço no outro lado do mundo. Tenho e fiz muita coisa de que me orgulho, mas falta qualquer coisa... Sei e não sei o que é... Insatisfação crónica? Não sei, mas acho que preciso mesmo de uma mudança radical na minha vida. Das boas, claro!

6.2.06

Já sonho com férias!

Sonho com voltar a sair de Lisboa com um bilhete de ida e volta com umas semanas de intervalo, sem plano definido, nada marcado, só uns bons guias (os da Lonely Planet são os meus favoritos) e o VISA. E os telemóveis, claro, para poder trocar mails e fotos com amigos. Conhecer novas paragens, novas pessoas, andar km e km por dia, levantar cedo e regressar ao hotel tarde, e de rastos, definir o meu plano minuto a minuto, tirar fotos sem parar, escrever, olhar, cheirar, sentir. Provar as iguarias (sólidas ou líquidas) do local. Recuperar energias numa qualquer igreja, deambular pelos jardins, perder-me nas avenidas e ruelas, aventurar-me por recantos, sentar-me a olhar para as pessoas, para a forma como vestem, como andam, como falam. Sentir-me próxima de pessoas que nunca mais verei. Esquecer que estou muito longe do trabalho, de problemas, ter saudades de casa, da família, imaginar todas as coisas que irei contar aos amigos. E fazer tudo isto on my own, passar férias comigo, perder-me para me descobrir.

São as MINHAS férias, a minha fonte de energia, em que me reencontro e me sinto EU. Sem pressões, à minha inteira responsabilidade. Ui, que risco! Mas que saudades de me voltar a sentir VIVA...! E de voltar a sentir que posso mudar o mundo... (ok, isto passa-me ao fim de pouco tempo!).

3.2.06

Uma viagem de trabalho...

... levou-me a Trás-os-Montes esta semana. Nos últimos tempos tenho lá ido com alguma frequência, e só me tenho apercebido do mal que conhecia aquela região. Linda, com pessoas muito hospitaleiras e simpáticas, com conversa solta e sempre prontos a fazer de tudo para nos sentirmos o melhor possível. E como se come por lá...! Cabrito, vitela, a bela posta mirandesa, os enchidos... e o vinho? Que maravilha! É um crime comer à pressa, não saborear todas as iguarias como merecem.

O regresso, contudo, foi um pouco mais complicado. As estradas novas aproximam as cidades e as gentes, mas a sinalização (quando a há!) deita tanto a desejar... E porquê? O objectivo é que as pessoas se percam e não consigam sair da região? Ou são pretextos para comprovarmos, uma vez mais, a simpatia das pessoas? Tabuletas escritas à mão, obstáculos em todo o lado, obras sem fim...

Uma sugestão para quem lá mora e tem responsabilidades no burgo: peguem no carro e andem uns km como se não fossem de lá, ponham-se nos pés dos viajantes. Aposto que ao fim de poucas centenas de metros se perderiam. Para quem conhece tudo é fácil, mas para quem é de fora, acreditem que isto faz perder muito tempo e desespera!