Esta manhã consegui deitar abaixo a inércia de ficar em casa a "borregar" e fui passear junto ao rio. Apesar de morar perto, raras vezes passeio até lá, assim calmamente, perdida no tempo... E como me soube bem...!
A manhã estava linda, céu muito azul, sol quente mas com um ventinho cortante. Muitos desportistas por ali (só de fim-de-semana?), dividindo-se entre a corrida ou simples passeio, a bicicleta ou umas futeboladas na relva. Muitos pais com filhos pequenos, alguns avós. E eu, sozinha, calma, descansada, ainda arrisquei algumas fotos a gaivotas que passeavam por perto. Maré-baixa, muito baixa mesmo, o rio morria longe. Luminosidade linda. Como se tudo e todos irradiassem calma, descontracção, mesmo felicidade.
Soube mesmo bem passear ali, ver o rio, a ponte, a relva, a vida. "Cheirar" o sol quente e o rio. Lembrar-me de como aquela zona era antes da Expo, um monte de sucata, "invisitável". O oposto do que é agora. Tento prometer a mim própria repetir este passeio matinal amiúde. Será que vou conseguir cumprir este propósito? Conhecendo-me como me conheço, não sei, não...
Enquanto passeava pensei nos meus últimos dias, no emprego, em conversas recentes, em ti. Nas coisas que já fiz na vida e que me enchem de orgulho. Em outras que gostaria de ter feito há 5, 10, 15 anos e que ainda não concretizei. Pensei que tudo tem um tempo para acontecer, e que há alturas em que não vale a pena forçar o destino.
Lembrei-me de um dos posts de ontem, o dos 3 anos. Acho que nunca vou esquecer a data, masmo que as coisas entre nós se tenham desvanecido (nunca esquecido!). Como foi acontecendo, naturalmente, como era de esperar que acontecessem, como tinham mesmo de acontecer. Foi muito bom, tem sido muito bom...