Grasnares soltos sobre a vida, estados de alma e estados físicos, coisas boas e menos boas, sonhos e lamentos, dúvidas e descobertas. Grasnares - meus e teus - sobre o que nos apetecer. Desde que saiba bem e faça ainda melhor!
24.9.06
Setembro
Gosto muito deste mês. Pelo regresso da chuva e pelos cheiros, pelos bons dias de praia que ainda se conseguem quando o sol nos visita, pelas cores das árvores, e por todo um retomar de rotinas, após as férias. Inerente a isto está o voltar a encontrar amigos, colegas, conhecidos, vizinhos.
Ontem foi um desses casos: voltei às aulas de R., e não me canso de dizer que estou a estudar entre amigos. A começar pela professora, a L., da minha idade. E há o nosso génio, o R., também ele professor mas de contas, a B., a E., o C., o A., o F. , a C. E os que já forma passando, como o M. É um grupo muito heterogéneo, quer em termos de idades, quer de origens e de vivências. Mas acho que já não conseguimos passar uns sem os outros! Foi tão bom revê-los!
Ontem, depois da aula, a conversa foi-se prolongando. A L. perguntou-me se tinha tempo para um café na esplanada nova; percebi que queria falar. Estava fechada (azar!, que o dia estava bonito e solarengo), e acabámos por ficar no átrio a conversar. Do trabalho e dos problemas que tinha (como nós gostamos de abusar dos estrangeiros que optam por viver entre nós!), das suas férias de regresso a casa, da família. Ficámos quase 2 horas na conversa! Felizmente não tinha ninguém à minha espera para almoçar...
Até há poucos meses, como as aulas eram longas (3 horas), fazíamos um intervalo a meio e íamos até ao bar. Sabia tão bem...! E foi também isso que nos aproximou, tenho a certeza. Nos últimos meses passaram a ser de apenas 2 horas, e aí deixámos de fazer o intervalo. Como a L. tinha aulas a seguir, nem podíamos ficar com ela. Este ano a L. decidiu não ter mais aulas depois da nossa podermos ir passear, almoçar, ou simplesmente ficar por aí. Óptima ideia!
As aulas e a relação de amizade que nasceu entre todos nós são um excelente bálsamo! Também já não podia passar sem elas!
Acasos
Ontem calhou ser um dia de (re)encontros. Primeiro, o S. quando ía comprar o jornal. Já não o via há tanto tempo...! Amigo do meu irmão, conhecemo-nos há mais de 20 anos, e durante alguns anos, cada um há sua maneira, tivemos um papel (acho que importante) aqui no bairro. Meu Deus, passámos todos por tanta coisa...! Era um grupo grande (ou melhores, vários grupos que se cruzavam. Fizemos amigos, tornámo-nos amigos, apanhámos muita 'pancada', tivemos muitas desilusões, 'traições'. Conheci (descobri) , com ele e com tantos outros, uma outra faceta da I., negra, que preferia não ter conhecido. Mas até este momento tão complicado, em que os meus (os nossos) alicerces abanaram de forma tremenda, muito fizemos juntos, muito nos divertimos! As viagens que organizámos cá ou lá fora, as festas de angariação de fundos, tudo com um ponto, um elemento comum: a I.
Gostei tanto de o rever! O S. sempre foi uma pessoa sã que, como eu e felizmente mais alguns, nos revoltámos com as enormes injustiças de há alguns anos para com um amigo nosso. O preço disso? Quebrei o contacto com os meus maiores amigos até então, que não compreenderam a minha posição e tiveram atitudes verdadeiramente cruéis para connosco.
Casou há alguns anos com uma amiga nossa dessa data, de um desses grupos. 3 filhos. Mas o tempo não passa por ele nem pela A.! Ou melhor, está mais maduro, claro, mas continua com aquele sorriso lindo que alegra a alma. Sei que é feliz, nota-se, sente-se a milhas. Fico contente por ter passado por cima de tudo.
Estava com alguma pressa, e tive pena de não poder ficar mais à conversa com ele. Saí a correr, muito mais feliz depois daquele sorriso, e certa da paz e do equilíbrio que encontrou.
Quem me dera ter conseguido também isso...!
18.9.06
Regresso de férias
É sempre complicado voltar de férias. E logo a uma segunda-feira...! Queria já voltar aqueles dias sem horas para acordar, sabendo que a praia estava ali, à minha espera, com o areal quase só para mim. O sol a aquecer-me enquanto devoro (mais) um livro. O dia tão agradável que me esqueço das horas e do almoço, e passo o dia na praia, alimentada a Cornettos. E o mar calmo, que descansa ritmadamente na areia. Que me embala e faz viajar para longe, quando decido por fim fazer uma pausa no livro. Fecho os olhos e deixo-me ir, o pensamento voa, já nem sei onde estou...
Subscrever:
Mensagens (Atom)