27.8.14

Dias non stop...

Agosto é um mês calmo? So they say, mas não tenho sentido. Mas gosto de dias cheios de acção, a mexer em muita coisa ao mesmo tempo. Gosto de ir 'fechando' gavetas enquanto outras se abrem. Gosto de ver resultados, de ver projectos a correr bem. Gosto de sentir que o que faço é de algum modo relevante para o bom funcionamento da 'engrenagem'. Gosto de sentir reconhecimento pelo que faço, gosto de falar com pessoas muito diferentes, de sentir que contribuí para lhes facilitar o dia.

Gosto de dias assim.

Mas agora queria mesmo era ir de férias...

18.8.14

Her body is a cage...

Continuo com fé, com esperança na recuperação. Só posso ter fé, muita! Porque os sinais de que Ele existe também têm sido muitos.
Dói muito ver a T assim, imóvel, com poucas reacções. Evito chorar quando estou com ela, mas sei que já fui várias vezes 'apanhada' em flagrante. 
Mas o que dói mais, é tentar imaginar o que estará a sofrer, presa no seu corpo, comunicando connosco apenas com o olhar, agora vivo e forte, penetrante, e apertando as mãos nas nossas.  Só assim.
Este fim-de-semana ficámos algum tempo apenas as duas. Chorei, rezei, apertei-lhe a mão. Várias vezes olhámo-nos, olhos nos olhos, por algum tempo, eu a tentar por tudo não começar a chorar. Por fim, um soluço, um encolher, sinais de que estava a conter o choro. E fechava os olhos, felizmente não vendo que eu chorava. 
Hoje terá sido um dia bom, que até supreendeu quem dela tratava.
T, és forte, muito, já o demonstraste... 
Luta, não desistas!

12.8.14

'Wish you were here...'

Hoje foi um 'daqueles' dias... ou melhor, a tarde não foi fácil.  Tentaram passar-me um atestado de estupidez (uma velha discussão de trabalho, do outro lado com argumentos cada vez mais fracos), jantar com L e provavelmente a mais consumidora de energia P (tudo gira à volta dela, ninguém mais fala, sempre opina com os seus hiper-brilhantes, ricos e fantásticos amigos). É terça e já estou cansada.

E estás de férias. Ao sol. Wish you were here, holding me tight. Embora saiba que não o farias, nunca o farás, nunca teremos uma relação assim. Já achei que as coisas podiam ser diferentes, mas há muito percebi que isso nunca aconteceria. Na verdade, não sei se queria que as coisas fossem diferentes; acho que estaríamos sempre de pé atrás, desconfiados um do outro. E isso para mim não serve, não chega. 

Mas hoje só queria um abraço, nada mais.

Às vezes acho que seria mais fácil recebê-lo de um estranho...