10.7.23

Deixou-me triste

Hoje voltei ao escritório, 

Nao tinha dito que ia, mas com reunião de 2 da minha equipa nao quis deixar de estar. Pelas 9.45, depois do café com o mais-que-tudo foi-me dizer bom dia e avisar que iria sair. Tinha 2 reuniões, e que em princípio falariamos ao fim da manha ou depois de almoco.
Voltou a meio da manhã (percebi a porta a bater) mas nao disse nada. Sai para almoco cedo, como de costume, e voltou bem bebido,. Esteve a curtir umum bocado e, devporta fechada.
Quando falámos, deixou bem claro por diversas vezes que as amiguinhas que lhe tinha salvo o pelo tinham e teriam sempre razao. Que o que diziam era lei ( sim!). Mesmo que fossem fritantes as contradicoes, a mudanca de opiniao, my fault, always my fault. Estava tão mal que, como de costume, misturou temas, fez perguntas em loop, tentou mostrar que nao sabia de coisas quando nao era verdade.  Que nao se trabalhava. Nem conseguia ler o que estava no computador (Conta do sistema passou a CC!).
Só pensava que afinal seria muito mais fácil encontrar provas. E eu a achar que seria só em Setembro, com o regresso! 
Chocou-me a impunidade, o ar de gozo para comigo. Do género " Estás a ver como quem se fica a rir sou eu?"
Fiquei triste com o desplante, por perceber que nao tinha aprendido nada. Nada de nada!
Com "amigos" assim, quem precisa de inimigos?

3.7.23

Montanha-russa

Já é típico começar com um "Há muito que não vinha aqui...". Claro que hoje não vai ser diferente!

Na semana passada, conversas giras, com tempo (dei-me tempo para estar com Amigos, achei que merecia e precisava!). Almoço com J em na vila de Bacon, jantar com grupo do 1º emprego, outra jantar com as "meninas" do R. Laços de décadas! Semana boa, de reencontros, com direito a um post muito elogiado no FB. Acho que estava inspirada, na foto e no texto. 

Domingo de manhã cai que nem uma bomba a notícia da morte do G. Do G, amigo de sempre do meu irmão, juntos nas loucuras e nas partidas que pregavam. Eram os 3, mais o do sinal, os 3 da vida airada.  E quando era para estar sério, era-o mesmo! Exactamente 2 anos mais novo, trocávamos parabéns. Como este ano.  Agora ficam só elas. 2 + 1, que a distância deve ainda ampliar as saudades e a vontade de estar e chorar juntas.

Nesse mesmo dia, a notícia do Pai dos 3, dos 2 artistas. O meu velho também amigo do meu irmão e colega. Os 2 mais novos "aturaram-me" nos grupos. Não os via há muito mas partilhamos muitas aventuras, risos, viagens. Nós e os outros, os que passaram para estar com eles, tentando ser bálsamos nestas horas complicadas.

Apesar de muitos já não partilharmos o dia-a-dia, os sorrisos, a cumplicidade permanecem. As histórias partilhadas que não podem ser apagadas. 

O tempo favoreceu uns, robusteceu outros. Mas há uma palavra, um gesto que faz o tempo voltar atrás, umas décadas atrás, e voltam os sorrisos, as histórias. As saudades boas.

Encontramo-nos ultimamente em momentos de tristeza, de dor. Aquela dor em que não quero pensar, que egoisticamente peço que nunca me bata à porta.    

Relembro-me de abrandar, de não dar demasiada importância ao que não a merece, dos cafés que já não vou poder tomar porque havia sempre qualquer coisa que considerei mais importante nesse momento.  Cheguei tarde, demasiado tarde; são cafés que não vou poder tomar. Lembro-me do V, da C....

Estes contrastes de emoções tão próximos lembram, mais uma vez, que a prioridade devem ser as pessoas. A família, os Amigos. Os que algum dia foram importantes para nós. Para mim. Um sorriso num determinado dia, Aquela palavra de que nos recordamos em momentos especiais.

Assusto-me com o impacto que percebo que causei em certas pessoas, sem ter dado por isso. Os apontamentos nas aulas não são esquecidos, como não o é a frase do peixe e do chinês para o HS, disse-mo na semana passada. Quem diria que o que digo é ouvido e não é esquecido...

É por isto que tenho mesmo de começar a ganhar tempo para mim, para os outros, para viver. Este ano foi muito complicado, e voltei às noitadas de trabalho, a ter dificuldade em dormir. Tenho de pensar em mim, de me cuidar, de cuidar e de estar para os outros.


E das casas, verdadeiros caos!