13.5.06

Reencontros

Voltámos a encontrar-nos esta semana. Por acaso. Sem o esperar, acabei por ter uma semana muito animada em termos sociais (já sabia que no trabalho também seria...). Só quando estava num dos eventos e vi chegar alguns colegas dele (notavam-se a milhas!) é que me lembrei que poderia também aparecer. Um bocado depois lá apareceu, como sempre, animado, conversador, como eu me lembrava dele. A "destilar" charme, como sempre. Uns minutos mais tarde viu-me e fiz-lhe adeus. Falámos um bocadito, foi bom, estive descontraída.

É curioso, nunca consegui perceber o que (não) se passou... Temos um condão para nos reencontrarmos de tempos a tempos (leia-se anos), falamos, aparentemente gostamos de conversar um com o outro, mas depois puff...!: desaparece de circulação. É verdade que gostei, que sonhei, que achei que poderia acontecer qualquer coisa muito boa. Imaginei mil razões para o desaparecimento, recriminei-me, fechei-me ainda mais. Três vezes aconteceu isto. E acho que percebi bem quando ouvi que também gostava, que tinha reparado em mim, que gostava que tivesse havido acontecido algo entre nós, e que da primeira vez só não se aproximou porque achou que eu tinha alguém. Errado, não tinha, mas não também não tentou...

Lembro-me de como a voz dele me acalmava. Das desculpas mais ou menos profissionais que arranjava para lhe ligar quando as coisas no escritório não corriam bem, há uns anos (já lá vão 9 anos, será possível?!). Porque só de ouvir a sua voz, mesmo que falássemos do tempo, me fazia tão bem... E a eternidade que demorava a dar-me um beijo na cara... E a mão nas minhas costas, puxando-me para si. Moreno, bem moreno. Muito simpático, sorriso bonito. Vestia bem, gostava do estilo. E adora (e sabe) cozinhar, segundo diz, enquanto que o meu jeito para a cozinha roça o nulo...

Não vou começar a sonhar. Chega de (des)ilusões, já não quero nada. Só de lembrar episódios antigos... Não sei se está sozinho, já não me interessa. Disse que me ligaria para um almoço. Se calhar até liga, se calhar até vamos almoçar, se calhar até diz que tem pena que nos tenhamos afastado, se calhar até dirá que agora vai ser diferente, se calhar até dirá que podemos ser amigos, e muito provavelmente voltará a desaparecer... até novo (re)encontro, daqui a uns anos.

Não há duas sem três, haverá 3 sem 4?

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