30.6.10

Tenho saudades tuas...

... mas é das tais coisas que não (te) posso dizer! Porque estás longe há quase 2 semanas (sim, há telemóveis, eu sei, mas claro que não o farei!), porque (ainda) não te percebo e não sei se sentes o mesmo. E depois, porque não é algo normalmente eu diga, por mais verdade que seja...
 
Isto fez-me pensar no quanto deixamos por dizer por não ser "confortável", por eventualmente nos colocar (erradamente!) numa posição em que "damos o flanco": "gosto de ti", "gosto de estar contigo", "fazes-me bem", "tenho saudades tuas", "amo-te" custam a dizer e ficam demasiadas vezes presas na garganta.  Tal como os abraços por dar, os beijos por trocar, as mãos por segurar... E que diferença isso faria...!    

23.6.10

Difícil de gerir (e de perceber?)

Em 3 dias passámos muitas horas juntos. Foi bom, foi muito bom, mas passar daí para o estarmos 2 semanas sem falar (pelo menos) é para mim complicado de perceber e de gerir.  Só baby-sitter?  "Sabe-me" a pouco, gostava que fosse mais. Mas houve mais, houve cumplicidade noutras alturas, muita partilha. O que é que isso valeu, o que vale?  Ajudei a passar o tempo? O que mostrei de mim não é algo que partilhe com qualquer pessoa, por isso foi especial, entendi-o como tal... E para quem se dizia tímido e que também não falava de si facilmente, assumia que também tivesse sido especial.
Gostava, queria tanto perceber o que se está a passar...! O que espera, se é que espera algo. As insinuações sobre as "noites de luar", o "ficas cá em casa" ou "posso dormir no sofá" são lines atiradas sem sentido, para ver se pega, e a qualquer uma?
Gostava de pensar que queria que desta vez fosse diferente...

21.6.10

Isto de gerir espaços tem que se lhe diga...

Tenho já saudades, é isso... E tenho vontade de saber como estão mas não quero, não posso perguntar. Não quero 'invadir o espaço', não quero ser intrusa. Gostava de saber o que espera, o que quer, o que é suposto fazer. Gostava que tomasse a iniciativa de dar notícias, mas sinceramente duvido que o faça. Quando falámos, antes de ir, falou em 'quando voltar', não pediu para lhe dizer se entretanto houvesse notícias do meu lado.  
 
A verdade é que penso muito nele e neles, no que está e estão a fazer. No que poderíamos fazer caso lá estivesse também. E no que gostava de fazer a dois, lá e cá.
 
Tenho pensado também no que espera, no que quer. Será que temos concepções diferentes do que é 'ser amigos'? Do que amigos podem fazer? Quer a diversão sem compromisso? Temo que sim, e isso não é de todo o que gostava para mim...
 
A única coisa que sei é que é alguém que gostava de conhecer melhor. Porque acho que é uma excelente pessoa, e protege, takes care of me, e gosto disso, dessa atenção, de não ter de me preocupar.  
 
Acho o primeiro passo para mim será 'tocar'. E 'tocar' significa tão simplesmente não fugir, não evitar um toque de mão, no braço, um abraço. Algo simples assim mas que, para mim, marca um novo estádio. Porque 'sou de toques' mas evito, e fazê-lo significaria uma cumplicidade, uma união muito maior, sem timidez, sem medos, de (total) abertura.

8.6.10

Tanto medo...

Já tentei dizer não... tenho medo da reacção dos meus Pais (mas afinal ainda tenho idade para ter medo?), e mesmo que aceitasse, do que seria passar assim tanto tempo. Por mais que goste deles, é diferente estarmos juntos umas horas do que de repente vermo-nos juntos quase 24 h por dia, tantos dias. Acima de tudo, tenho medo de mim. 
Nunca se passou nada, e não se passaria. Quero e não quero ir, tenho medo de assumir o que quero. A questão da justa é só mais uma desculpa, porque até para isso já propôs uma alternativa. Mesmo que lhes custe antecipar o regresso. 
Já sei que não vou... porque é que não assumo que não vou, de uma vez por todas?  Acabam-se as esperanças, as falsas expectativas, deixo de sonhar. Que iria gostar?  Claro, não tenho dúvida.
Porque é que sou assim? Porque é que complico o que seria simples, de decisão fácil? Porque é que gosto de deixar os outros na expectativa até ao fim, até ser tarde demais para qualquer outra solução, até acabarmos todos por ficar mal por causa dos meus receios, dos meus medos, das minhas indecisões?
 
Não seria substituta, não o quero ser. Será que alguém pensa que isso poderia acontecer?
Gostava de entrar naquela cabeça e perceber o que quer... Companhia? Ajuda a 'rachar' despesas? O que foi aquilo no Domingo, a encenação das luzes tão dim, quanto não aconteceu nada, não houve um olhar mais revelador, nenhum gesto? 
E isso eu não quero ser, claro que não!