29.8.16

And now, the Lady of the Caves!

Afinal ainda é bem pior do que pensava...! Não é só não tem interesse nenhum: é ter parado no tempo, há pelo menos 60 anos! Qualquer coisa que vê é uma vivência ("uma estrada... e ali outra... para onde vão?"ou "Em que estrada estamos? A8? O que é isso? Porque é que puseram números e não chamam só AE do Norte e do Sul? Para onde é que esta vai?"). Placas lidas em voz alta, como se fosse tudo uma descoberta, como se não nunca tivesse ouvido falar em alguns dos mais importantes bairros periféricos da capital.  E a lentidão com que faz tudo... 

A casa. A casa é assustadora! Sobre o lava-louça contei pelo menos 10 embalagens vazias de leite! Uma aberta com lixo lá dentro, que tinha ficado, assim, uma semana (pelo menos). Baldes por todo o lado. O quarto, pior que uma arrecadação. "Desculpa, a casa está assim porque saí à pressa quando me vieram buscar, tinha acabado de me levantar."  Às 5 da tarde! E a mobília, acho que já nem faria as delícias de nenhum antiquário.  

Não tem TV. Não tem frigorífico "porque se avariou e a bem dizer não precisa".   A verdadeira Mulher das Cavernas!

E no meio de tudo isto fala das viagens que fez ao outro lado do mundo, há muitos anos, de como a tratavam bem, dos hotéis de 5 estrelas onde ficava, dos "criados que gratificava".  E sim, para manter o padrão, de como se atrasava às excursões e acabava por não as fazer.

Parou no tempo. Cristalizou. Não vive. Não sei se alguma vez viveu.

26.8.16

Radio silence?

Não quero ser a primeira a dar notícias esta semana, mas estranho tanto tempo sem dizer nada. Não sei o que possa ter feito... Sim, precisamos de 'desmame'. Precisamos de não estar tão dependentes um do outro. Mas nem um 'olá, estás bem?'... 

A semana passou bem estou cansada, e sei que teria sido mais fácil se tivesse dado notícias.

Tentei perceber se teria acontecido alguma coisa mas sem sucesso.

Só queria saber se está bem. 


Gente que não vive

Tenho pena de quem respira sem viver. De quem só respira porque o faz sem pensar, mas não vive.

Estou a pensar num caso em concreto. Nos seus setentas, viajada q.b., foi professora de Inglês no secundário. Não tem TV em casa porque diz que não precisa. Solteirona, viveu muitos anos com uma empregada uns bons anos mais velha do que ela.  Está a leste do que se passa no mundo, não se interessa por nada. Não lê jornais, não lê livros. Cultura geral: zero. Dorme. Nada lhe suscita o mínimo interesse, nem uma actividade, nem um passeio. Dorme. 'Ursa'. Hiberna. Respira porque sim. Não vive. Não sei se alguma vez viveu. Conseguiu cortar relações com toda a família. 

Contam-se pelos dedos de uma mão (e ainda sobram...) as pessoas que se preocupam com ela, que lhe procuram fazer companhia. 

Tenho pena de gente assim, de gente que 'é coisa' por opção.

 

25.8.16

Back to the past

Como estou agora a retomar o bom velho (e demasiado intermitente) hábito de aqui vir deixar um grasnar, resolvi ler posts antigos, pelo menos até nos termos conhecido. Reli os propósitos, as lutas internas, os abrires de alma. E deu-me força para este 'desmame', para perceber o que é mesmo importante, o que quero, o que queremos.

Às vezes ir lá atrás ajuda tanto a andar para a frente pelo caminho correcto...! Que este seja o caso, para o bem de ambos! E que as 'meditações' dele também estejam a dar bons resultados!

Estou cansada. Muito. Mesmo.

É este o inconveniente de ir de férias tão tarde. À minha volta todos foram já ou estão de férias, e acaba sempre por sobrar para quem ainda não foi.

Saí tarde, para não variar, e precisei de ir ver o mar. Apetecia-me chorar; sei que me faria muito bem e que me 'aliviaria' por mais uns dias. Mas estou já naquela fase em que o cansaço acumulado é tanto que nem isso consegui fazer...

O que vale é que amanhã é já sexta!

Missing you...

Tenho saudades, sim. Das conversas, da companhia, de teclar durante o dia a saber como estás. Já sabia que o 'desmame' seria assim...

Estás bem, de férias, em família e com amigos, como gostas. E sabes onde e como me encontrar. Anytime. Quando quiseres.

Também me faz voltar a estar assim sozinha. A 'desintoxicar' de um vício bom. Que as vezes se tornava mau...

23.8.16

Ai ai ai ... (versão ano e meio depois)

Estive quase ano e meio sem escrever nada aqui mas posso começar este post exactamente da mesma maneira que comecei o último. Nada mudou, e no entanto tanto mudou...! 

Sim.

"Estive uns tempos longe daqui. E muito aconteceu.

A Amizade foi-se estreitando, as confissões aprofundando. E o desejo também foi aumentando, muito. E sim, já aconteceu, algumas vezes, com os limites que - surpreendentemente - são os de ambos."

Só que, como ele ainda há uns dias referiu, o desejo tornou-se vício. E como todos os vícios, tem perigos.  Mas é tão bom quando acontece!