17.12.06

Sim, mas...

Fase boa, sim. Tenho andado animada, o espírito do Natal deixa-me sempre muito bem disposta. Até andava uma troca de mails muito 'caliente' com o F... Mas ontem uma simples palavra dele foi suficiente para arrefecer todo o mood. Foi para magoar, de propósito para me afastar (tenho pensado nesta hipótese muitas vezes, porque acontece normalmente quando estamos muito bem)? Já por diversas lhe pedi para me explicar porque é que achava que eu era isso e nunca foi capaz, nem um exemplo! Sei quem começou com essa ideia, e sinceramente nunca me preocupei em desmentir porque quem o fez não me merecia isso, que lhe desse assim tanta importância. Mas depois de todo este tempo o F. ir ainda atrás dessas coisas? Tanto que (lhe) dei de mim, que me mostrei, e nisto que acho que é tão básico continua a não me conhecer... Foi uma desilusão, um baque, não esperava...

12.12.06

Fase boa

Há alguns dias que não passava por aqui. mas tenho andado numa fase boa. No trabalho tudo ok, ando animada, tudo calmo em casa, já avancei bastante nas prendas de Natal, a troca de mails com F tem andado animada... Tenho pensado é muito no T, não sei se é pelo aproximar da época.

Gosto do Natal, do corropio e do ar alegre e ao mesmo tempo ansioso que se lê no rosto das pessoas. Gosto das decorações natalícias, da preparação do grande dia. Do 'cheiro' a festas e a Natal. De passear pelas ruas ao frio. Dos jantares e de rever amigos com quem não estou com frequência.

É Natal, está quase a chegar!

1.12.06

Diagnóstico preciso

O médico foi tão preciso quanto peremptório: tem 'a tripa inflamada'! E pronto, só me resta tentar aliviar o 'streck' (esse malvado...!), fazer uma ligeira dieta durante alguns dias, reduzir as chazadas e o café (mas do matinal não abdico, sob pena de andar a vegetar todo o dia), tomar umas 'drogazitas' e... esperar que 'a tripa' não volte a inflamar nos próximos tempos, que em poucas semanas já foram 2 crises...

29.11.06

E vão 3...!

Ainda não acabou Novembro é já tive 3 jantares de Natal! Com os que já estão apalavrados para Janeiro, não sei se terei algum em Dezembro... ;)

O bom do Natal...

... é que, para além do que representa e de tudo o resto, é um excelente motivo para jantares com amigos, colegas, peças de puzsles que já fomos. Hoje, foi o jantar da 1ª empresa onde trabalhei 'à séria' cá, depois do curso. Não via algumas pessoas há + de 12 anos, mas estamos todos na mesma. Muitas mudanças / saídas de emprego. Dificuldades e receios porque o BI atraiçoa. Histórias relembradas e comentadas. Passaram-nos vários anos pela memória, excelentes anos de convulsão e conturbação, mas muito divertidos, muito animados. Lembrámo-nos da vamp, da que inventou as histórias mais estrambólicas e que enganou toda a empresa, do engatatão de olhos claros, de tantos, de todos.

Pena que o Natal seja só de 365 em 365 dias...

21.11.06

Foi bom!

Foi bom voltar a falar contigo. Rir contigo. E para mais com um motivo tão bom para te ligar! Tenho saudades... Tenho tantas saudades...! Sinto um carinho enorme, uma vontade de estar, de conversar, de fazer o que nos apetecer... Com tempo. Sem culpas.

Há sonhos impossíveis. Este é um deles.

Boa sorte! :)

20.11.06

Finalmente!!!!

Que boas notícias! Finalmente arranjou emprego! Depois de tantos meses de espera, de angústia, de desilusões, de enganos, finalmente um sim! Fico contente, porque o merece, porque é bom no que faz. Só tenho pena que (muito provavelmente) esteja a ser comemorado far, far away...

Não foi nada mau...!

Senti-me forte, hoje, confiante, segura. Começaram por me dizer que estava diferente, bonita. Já me sentia assim quando saí de casa, e é incrível como esse pequeno pormenor faz tanta diferença! O meu casaco ameixa novo (muito ouvi por o ter comprado!), fica-me mesmo bem...!

Dia de reuniões, de stress, de pedidos de última hora. Comemos rapidamente uma tosta mista quase às 4 da tarde. Cheguei às 6 e tal estoirada, sem ter parado, sem ter adiantado nada mas tendo feito muito.

Saí cedo porque ainda quis vir brincar com o meu herdeiro mais pequeno, antes que saísse. Soube bem...

Só faltou ter notícias tuas... Estás zangado comigo, por causa da troca de opiniões no fim-de-semana? Religião, hábitos...

19.11.06

É assim...

Hoje vi o 1º episódio de Anatomia de Grey. Gostei. Em especial de algo que a Grey disse no final:

"Os limites que traçamos não impedem os outros de entrar; impedem-nos de viver, de experimentar a vida. A vida é complicada. Nós somos assim."

E continua: "Here's what I know. There are some lines too dangerous to cross. But there are others: if you're willing to throw caution to the wind and take a chance, the view from the other side is spectacular."

9.11.06

Sniff...Sniff...

Gosto muito do Pedro Ribeiro, da Comercial. Acho que é um excelente profissional, mas acima de tudo, é muito humano, deve ser uma excelente pessoa! Quando posso ouço-o de manhã (pena demorar só 10 m para o trabalho... :)), e habituei-me a "lê-lo" todos os dias no seu blog, em diasúteis.blogspot.pt. O post de ontem narrava uma conversa com o filho dele, antes de dormir. Como sempre, muito pessoal, muito sensível, muito carinhoso.

Ao lê-lo e ao passar por todos os muito comentários deixados, não pude deixar de pensar nas pouquíssimas vezes que tenho dito aos meus Pais o quanto gosto deles, e quão importantes são para mim (é algo que simplesmente não dizemos, e tenho pena...). E também que nunca vou ouvir essas palavras mágicas e que movem montanhas, mares, céus, ditas por um filho meu.

Eu, que sempre sonhei com uma família, não a vou ter. E sei que isso seria uma parte muito importante para eu ser completamente feliz. Nem tenho ninguém ao meu lado, e tenho pena... Gostava de partilhar a vida, as pequenas e as grandes coisas, alegrias e tristezas. Gostava...

5.11.06

Arrumações

Estou cansada... Passei o fim-de-semana em arrumações, em mudanças, não parei. Após vários anos (!) escondidos, já se eem de novo os cantos do meu quarto, e já consigo chegar facilmente à janela! :) Deixei fora quilos e quilos de papeladas e lixo, tenho dezenas de revistas para ver antes de seguirem idêntico destino, espalhei e arrumei caixas e papéis pelo corredor e hall da casa. Como é possível que tenha saído tanta coisa do meu quarto, tanta caixa, tanto livro? Juro, acho que tenho uma capacidade fabulosa de aproveitar todos os bocadinhos disponíveis!

A maior parte já está em minha casa, arrumado, praticamente no sítio final. Mas aqui ainda não acabou; ainda há coisas para acabar. E tenho de tirar tudo o que tenho em cima da cama...

Preciso rapidamente de uma banho retemperador...

2.11.06

De volta à normalidade

Voltamos a "escrever-nos". Nada de especial, nada sério e profundo, mas as larachas que vamos trocando ajudam-me a desanuviar e a andar mais bem-humorada. Ou não? :)

1.11.06

Contrasensos

Sou católica praticante e como eu, dizem, está a maioria da população portuguesa (bom, quanto à parte do praticante infelizmente não é verdade...). A religião católica, aliás, está-nos no sangue desde o início da nacioanlidade, e muitos episódios da nossa história foram fortemente marcados pelo peso que a religião (católica) sempre teve.

Um dos dogmas da religião católica é o de crermos na vida depois da morte, e é precisamente aqui que reside, para mim, um enorme contrasenso no mais básico da nossa cultura. Acreditamos - dizemos - que a morte é o início de uma vida muito maior, mas não nada isso que demonstramos. Vejam-se os cemitérios feios, inóspitos, abandonados que pululam por qualquer terra. Alguma vez poderão ser sinónimos de uma vida muito maior?

É mania minha, eu sei, e todos gozam e acham estranha esta minha "panca" (que outra coisa posso chamar?), mas a verdade é que quando vou lá fora gosto de ver e passear por cemitérios. Porque são, acima de tudo, jardins, locais aprazíveis e bonitos onde nos podemos encontrar connosco mesmos. Em especial os da Escandinávia e da Europa Central.

Lembro-me amiúde de um que visitava com frequência, com um tapete verde lindo, com vários lagos (num deles viviam até alguns cisnes!), bancos de jardim, estátuas magníficas e canteiros com as flores mais bonitas que possam imaginar! Os amores-perfeitos mantinham-se lindos e tão coloridos no pino do Inverno! Era de uma beleza indescritível! E era um cemitério... Tinha placas verticais de granito branco "plantadas" na relva, todas iguais, sinal de que ali "habitava" alguém. Respeito absoluto. Sim, porque ali criam que a morte era de facto o fim, não havia vida para além do último suspiro. Muitas vezes desviava do caminho mais curto do emprego para casa para o atravessar, em busca de paz de espírito. E que calma transmitia! Não era raro encontrar pessoas sentadas nos bancos a ler (afinal não era a única)...

Isto sim, é um hino à vida, e à vida depois da morte. Sinal de que morrer não é desaparecer. Não consigo encontrar melhor exemplo de "convivência" física e espiritual entre mortos e vivos. E é uma forma de aprendermos a respeitar a morte, a conviver com ela, a percebermos que morrer não é o fim, não é sermos despejados num caixão para uma cova ou desaparecermos em cinzas.

Para um povo que se diz tão católico e a acreditar na vida para além da que temos agora, não há um contrasenso brutal entre isto e o que fazemos? Os nossos cemitérios afastam a vida, não ajudam ao recolhimento, não transmitem calma. Pelo contrário, afastam-nos, só vamos nas datas festivas (quando vamos...), inquietam-nos. Feios, sujos, desarrumados, com campas das mais diversas formas e feitios.

"Viajo" muitas vezes de volta a esse cemitério que me encantou. Como tantos outros na Escandinávia. Lembro-me de outro, pequenino, ao lado de uma capela perdida na montanha, com a vista mais fabulosa que possam imaginar! Esse sim, tão perto do céu...

Ou ainda aquele outro, antigo, também pequeno, que hoje é uma bonita praça da cidade. Atravessado todos os dias por muitas pessoas, que se abrigam do sol sob as árvores que conheceram o cemitério. Apenas as pedras que entrecortam o jardim nos lembram da principal função daquele jardim, há muitos anos...

1 de Novembro...

... eu eu ainda de manga curta! Mas que tempo este...! Bom, este ano também não nos podemos queixar de falta de chuva...

31.10.06

O sol de Cargaleiro

Gosto muito de Cargaleiro. Do traço, das cores. Dos tons azuis e acinzentados. Traços finos, minuciosos. Mas há uns tempos andei a 'namorar' um pôr-do-sol lindo, saído das mãos e do génio de Cargaleiro. Por ser tão diferente dos quadros dele de que tanto gostava, pela energia que transmitia. Durante meses caminhei para a galeria pequenina, perdida nos corredores apertados daquele centro comercial, o local mais improvável para aquele original. Lindo! O preço (que considerei elevadíssimo, claro), e a vontade de comprar casa impediram-me de o fazer. Hoje estou arrependida (a questão que se colocava era se comprava o quadro OU a casa...). Um Cargaleiro em casa, Aquele Cargaleiro, lindo, poder ficar horas a observá-lo. Que irradia de energia!

29.10.06

Porquê?

Hoje, no café do costume aos fins-de-semana, um dos empregados aproximou-se de mim e disse baixinho que na próxima semana estava de férias e gostava de tomar um café comigo. Pedi desculpa por não aceitar, mas fica a pergunta: porquê? E porque ele e não alguém com quem tenha afinidades? Alguém... diferente, como imagino, como gostava... Pensar nos disponíveis que atraí...

25.10.06

Não sei o que se passa...

A troca de mails quase diária parou há quase uma semana. Sim, é verdade que vão chegando daqueles de piadas, mas nem responde aos comentários que faço. Mas sei que vivo está! ;) Também é verdade que não tive a iniciativa de escrever... Ou melhor, tenho-me lembrado, mas como diz que me estou sempre a queixar e esta semana não tem sido fácil, é melhor nem arriscar e estar sossegadinha...!

Sou desconfiada, muito desconfiada. E sem motivos para tal, era só o que faltava! O que terei feito? Ou dito? A verdade é que me sabiam bem, muitas vezes excelentes elixires de boa disposição. E que faltam me têm feito estes dias...!

Mas pronto, tudo o que é bom acaba. I just wonder why, and why this way...

23.10.06

Que vazio...!

Sinto-me vazia, oca... Estou cada vez mais farta do meu trabalho, acima de tudo pelo tempo que perco a fazer coisas que não que o que deveria estar a fazer, por o meu chefe não ligar a mínima, por a empresa ser um caos, desorganizadíssima, pela enorme desilusão que algumas pessoas da empresa se revelaram. Por achar que posso dar e fazer muito mais do que o que estou a render agora.

Por os meus amigos terem praticamente todos família e (como é natural), não terem, agora, tempo para mim (também não disse a ninguém que precisava de um ombro amigo, e sem avisar, quem vai notar?)...

Na realidade, nem tenho motivos para estar assim; não me posso queixar do que vida me tem dado. E quando me lembro de algumas pessoas à minha volta, da situação de alguns amigos, então posso considerar-me uma sortuda. Mas mesmo assim...

Apetece-me "chover". Precisava de "chover" muito, para limpar esta angústia que me vai corroendo. Talvez siga o exemplo do que se passa na rua...

Só me apetece é ganir...!

Já vêem que isto não tem andado fácil, nada fácil mesmo...! Daqui a pouco começamos aqui na sala com uma 'ganidela' colectiva!

20.10.06

Semana chata...

Finalmente estou prestes a sair do escritório! Semana chata, estúpida. Perdi mais tempo a arranjar justificações de coisas de que nos queriam culpar (ao departamento) do que em trabalho de facto produtivo, a fazer o que é na realidade o meu trabalho! Faz parte, eu sei, mas gasta-se tanta energia nisto...!

Já terá saído o €Milhões? Eu não queria tudo para mim, só um bocadinho... ;)

 

16.10.06

E não é que é mesmo assim?

No teste "Head or heart", em www.tickle.com, deu-me isto:

"..., you follow your head when it comes to romance

Maybe you've been burned before, or maybe you're just too busy changing the world, but when it comes to your love life, you definitely look before you leap. While you might not be cautious in every aspect of your life, love is an area you tread on lightly. Let's face it, you'd rather have a little more control over your emotions, but they're sometimes hard to pin down. So rather than get lost in them, you, and many of us, probably prefer to focus on other aspects of your life.It's not that you don't want love to wash over you so you feel all warm and fuzzy inside. It's just that you'd probably like to fall in love when it best fits into your calendar. Still, with your smarts, you're probably able to sense when you're up for a little romancing and when you're not. Just remember, if you're ever on the fence, you want to fall off on the side where someone's going to catch you. Especially if he's tall, dark, and handsome."

Como é que sabiam?

10.10.06

:(

Acordei com dor de estômago. Era um misto de estômago vazio com um 'fogo' intenso (como daquela vez que resolvi tomar uma aspirina. Meu Deus, que noite!). Mas ontem jantei normalmente, e bebi como de costume um iogurte antes de me deitar. Espero que não seja o regresso da "minha" úlcera, que felizmente tem andado desaparecida há algum tempo. Em vez da bica hoje estive a chá de camomila, e já me abasteci de Ulcermins e Kompansans. Logo à tarde vou ao médico...

Mas já ontem estava muito "chocha" à noite. Aquela sensação de que se um TIR me passasse por cima, acho que nem daria por isso...
 

8.10.06

Ontem estava com este espírito...

..."It's easier to leave than to be left behind". Grande frase de uma grande canção de um grande grupo, os REM, que tive a sorte de ver ao vivo no ano passado na Pavilhão Atlântico. Michael Stipe no seu melhor! A canção toda reza assim:

"Leaving New York"

It's quiet now
And what it brings
Is everything

Comes calling back
A brilliant night
I'm still awake

I looked ahead
I'm sure I saw you there

You don't need me
To tell you now
That nothing can compare

You might have laughed if I told you
You might have hidden A frown
You might have succeeded in changing me
I might have been turned around

It's easier to leave than to be left behind
Leaving was never my proud
Leaving New York, never easy
I saw the light fading out

Now life is sweet
And what it brings
I tried to take
But loneliness
It wears me out
It lies in way

And all not lost
Still in my eyes
The shadow of necklace
Across your thigh
I might've lived my life in a dream, but I swear
This is real
Memory fuses and shatters like glass
Mercurial future, forget the past
It's you, it's what I feel.

You might have laughed if I told you (it's pulling me apart)
You might have hidden a frown (change)
You might have succeeded in changing me (it's pulling me apart)
I might have been turned around (change)

It's easier to leave than to be left behind (it's pulling me apart)
Leaving was never my proud (change)
Leaving New York, never easy (it's pulling me apart)
I saw the light fading out
You find it in your heart, it's pulling me apart
You find it in your heart, change...

I told you, forever
I love you, forever
I told you, I love you
I love you, forever
I told you, forever
You never, you never
You told me forever

You might have laughed if I told you
You might have hidden the frown
You might have succeeded in changing me
I might have been turned around

It's easier to leave than to be left behind (it's pulling me apart)
Leaving was never my proud (change)
Leaving New York never easy (it's pulling me apart)
I saw the life fading out (change)
Leaving New York, never easy (it's pulling me apart)
I saw the light fading out (change)
Leaving New York never easy (it's pulling me apart)
I saw the life fading out (change)

4.10.06

E estamos quase no Natal...

O tempo voa...! E parece que cada vez mais passa mais rapidamente! Agora é que se impõe mesmo a frase que digo tantas vezes: "tenho de começar a pensar nas prendas de Natal"...

24.9.06

Um dos meus quadros favoritos...

... é este Starry Night, de Vincent Van Gogh. Ele é, aliás, o meu pintor de eleição. Pelos traços, pelas cores, pelo seu país, pela sua loucura, porque gostei muito do seu Museu, em Amsterdam, e porque tenho em casa uma cópia deste quadro, grande, oferecida por um amigo muito especial.

Setembro

Gosto muito deste mês. Pelo regresso da chuva e pelos cheiros, pelos bons dias de praia que ainda se conseguem quando o sol nos visita, pelas cores das árvores, e por todo um retomar de rotinas, após as férias. Inerente a isto está o voltar a encontrar amigos, colegas, conhecidos, vizinhos.

Ontem foi um desses casos: voltei às aulas de R., e não me canso de dizer que estou a estudar entre amigos. A começar pela professora, a L., da minha idade. E há o nosso génio, o R., também ele professor mas de contas, a B., a E., o C., o A., o F. , a C. E os que já forma passando, como o M. É um grupo muito heterogéneo, quer em termos de idades, quer de origens e de vivências. Mas acho que já não conseguimos passar uns sem os outros! Foi tão bom revê-los!

Ontem, depois da aula, a conversa foi-se prolongando. A L. perguntou-me se tinha tempo para um café na esplanada nova; percebi que queria falar. Estava fechada (azar!, que o dia estava bonito e solarengo), e acabámos por ficar no átrio a conversar. Do trabalho e dos problemas que tinha (como nós gostamos de abusar dos estrangeiros que optam por viver entre nós!), das suas férias de regresso a casa, da família. Ficámos quase 2 horas na conversa! Felizmente não tinha ninguém à minha espera para almoçar...

Até há poucos meses, como as aulas eram longas (3 horas), fazíamos um intervalo a meio e íamos até ao bar. Sabia tão bem...! E foi também isso que nos aproximou, tenho a certeza. Nos últimos meses passaram a ser de apenas 2 horas, e aí deixámos de fazer o intervalo. Como a L. tinha aulas a seguir, nem podíamos ficar com ela. Este ano a L. decidiu não ter mais aulas depois da nossa podermos ir passear, almoçar, ou simplesmente ficar por aí. Óptima ideia!

As aulas e a relação de amizade que nasceu entre todos nós são um excelente bálsamo! Também já não podia passar sem elas!

Acasos

Ontem calhou ser um dia de (re)encontros. Primeiro, o S. quando ía comprar o jornal. Já não o via há tanto tempo...! Amigo do meu irmão, conhecemo-nos há mais de 20 anos, e durante alguns anos, cada um há sua maneira, tivemos um papel (acho que importante) aqui no bairro. Meu Deus, passámos todos por tanta coisa...! Era um grupo grande (ou melhores, vários grupos que se cruzavam. Fizemos amigos, tornámo-nos amigos, apanhámos muita 'pancada', tivemos muitas desilusões, 'traições'. Conheci (descobri) , com ele e com tantos outros, uma outra faceta da I., negra, que preferia não ter conhecido. Mas até este momento tão complicado, em que os meus (os nossos) alicerces abanaram de forma tremenda, muito fizemos juntos, muito nos divertimos! As viagens que organizámos cá ou lá fora, as festas de angariação de fundos, tudo com um ponto, um elemento comum: a I.

Gostei tanto de o rever! O S. sempre foi uma pessoa sã que, como eu e felizmente mais alguns, nos revoltámos com as enormes injustiças de há alguns anos para com um amigo nosso. O preço disso? Quebrei o contacto com os meus maiores amigos até então, que não compreenderam a minha posição e tiveram atitudes verdadeiramente cruéis para connosco.

Casou há alguns anos com uma amiga nossa dessa data, de um desses grupos. 3 filhos. Mas o tempo não passa por ele nem pela A.! Ou melhor, está mais maduro, claro, mas continua com aquele sorriso lindo que alegra a alma. Sei que é feliz, nota-se, sente-se a milhas. Fico contente por ter passado por cima de tudo.

Estava com alguma pressa, e tive pena de não poder ficar mais à conversa com ele. Saí a correr, muito mais feliz depois daquele sorriso, e certa da paz e do equilíbrio que encontrou.

Quem me dera ter conseguido também isso...!

18.9.06

Regresso de férias

É sempre complicado voltar de férias. E logo a uma segunda-feira...! Queria já voltar aqueles dias sem horas para acordar, sabendo que a praia estava ali, à minha espera, com o areal quase só para mim. O sol a aquecer-me enquanto devoro (mais) um livro. O dia tão agradável que me esqueço das horas e do almoço, e passo o dia na praia, alimentada a Cornettos. E o mar calmo, que descansa ritmadamente na areia. Que me embala e faz viajar para longe, quando decido por fim fazer uma pausa no livro. Fecho os olhos e deixo-me ir, o pensamento voa, já nem sei onde estou...

31.8.06

Cântico Negro (José Régio)

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

25.8.06

Um café e um chá de maçã e canela...

É tão bom quando nos podemos dar ao luxo de perder a noção do tempo à conversa com amigos...! Faz maravilhas à alma e ao estado de espírito.

24.8.06

Pequenas grandes alegrias

Esta semana resolvi matar saudades de amigos que fui fazendo lá por fora. Na terça, o telemóvel levou-me até à Finlândia. Estive à conversa com uma amiga que conheci há precisamente 15 anos, e com que fui mantendo contacto. Há cerca de 4 anos voltamos a ver-nos, e a conversa fluiu como se tivéssemos mantido, ao longo do tempo, um recionamento próximo. Casou, é Mãe, e o fim-de-semana que passei com ela e família dela foi simplesmente fantástico. Há 2 dias foi mais um 'matar saudades' durante largos minutos... Soube tão bem, fiquei feliz!

Ontem fiquei-me pela Polónia. Quase meia-hora à conversa. A relembrar histórias antigas, amigos comuns. Pequenas grandes aventuras em que nos metemos. Promessas que fizemos e ainda por cumprir, algumas. Também há precisamente 15 anos, quando nos conhecemos. E há 3 ou 4 anos, quando nos voltámos a ver. Já pai. Conheci a família quando cá vieram passar uns dias, uma simpatia.

Traçámos planos para um reencontro, 'our' 15th anniversary. De preferência com todos os amigos de então. A A., o doido do S., o tímido V., que parecia incapaz de 'partir a loiça' e que já correu meio mundo, o down under J. que queria ser político e a quem infelizmente perdemos o rasto, meu ombro amigo e confidente durante tantas noites, o H., claro!, o flying Dutchman, a S., minha companheira de apartamento que não comia para não engordar e para não me ver jantar se fechava todos os dias no quarto a comer batatas fritas e gomas, o A. e a sua namorada T., o D. que vivia numa cidade próxima, o K., o tal do "Light my fire" e tantos, tantos outros que fizeram daqueles meses os mais loucos e divertidos da minha vida.

20.8.06

Uma viagem como gosto...

Resolvi fazer uma surpresa aos meus Pais e apareci sem avisar ontem à hora de almoço em casa da minha avó. 2 horitas de caminho, mas a antecipação da alegria que (esperava) iria causar ajudaram a levantar a tempo e horas!

Animação não faltou nos 2 dias, com sobrinhos a ajudar à festa, e hoje, depois do almoço, foi hora de regresso. Tenho o pé pesdo, mas felizmente pouco depois de começar a viagem 'encontrei um carro' com um ritmo semelhante ao meu. E assim viemos praticamente toda a viagem, ora eles à frente, ora eu, mas íamo-nos aocmpanhanhando. E assim pareceu mais fácil (e foi sem dúvida uma viagem rápida!). Música russa e R.E.M. 'viajaram' comigo e desta vez nem chegou a 2 horas de viagem.

Ah, e à partida, ainda tempo para um belo gelado com o BB nas recém-inauguradas 'Docas'...

16.8.06

Hummm...

...este cheiro a terra molhada é único!  Estas primeiras chuvas, já com selo de Outono, são fabulosas pelo ‘rasto’ que deixam!

15.8.06

Detesto 'surpresas'!

Para que não entendam mal: gosto até muito de ser surpreendida, mas não por este género de 'surpresas', com as que os meus Pais (em especial a minha Mãe) tanto gostam de fazer...Passo a explicar:

Hoje dei por mim mais do que uma vez a pensar que estava muito contente por estar viva, por ter a família que tenho, tenho amigos, tenho trabalho, já viajei um bocado, etc, etc. E que tinha muita sorte, não me podia queixar!
Estava há algum tempo à espera de um orçamento para um móvel para a minha casa nova, e praticamente já tinha desistido da pessoa a quem o pedi porque estava a demorar séculos! Os meus Pais estão a ajudar-me a tratar destas coisas, e ao final da tarde perguntei-lhes se sabiam se ele não o que ria fazer já que nunca mais dava o orçamento. A minha Mãe riu, nervosa, e percebi que algo não estava bem... Eis senão quando me diz que o vão montar... amanhã! passei-me! Não sei quanto vai custar (os meus Pais querem oferecer-mo, já vi...), não vi o desenho final do armário (e já sei que este senhor é perito em mudar tudo o que combinámos à última da hora, e depois apresenta-me as coisas como facto consumado, algo que pura e simplesmente detesta e me irrita sobremaneira!). Disse aos meus Pais que sem desenho nem orçamento não havia armário montado. E que se vinha amanhã, bem o podiam desmarcar...

E agora? Arrisco-me a ficar em casa com um armário que não foi escolhido por mim, não sendo propriamente algo que mude todos os anos? Seria um daqueles armários a tapar toda uma parede... E da primeira (e única) vez que falei com o senhor sobre isto, já há uns largos meses, havia diferenças de opinião significativas entre nós, por isso se ficou a versão da minha Mãe 'apimentada' com a dele, não sei, não...

Eu já tinha avisado os meus Pais que desta vez não queria surpresas de nenhuma espécie, porque já há uns anos me arranjaram um '31' com algo parecido, umas obras que mandaram fazer na minha outra casa quando eu estava fora, e que me deram muitas dores de cabeça com os vizinhos...
Bolas, bolas, bolas!!!

9.8.06

"Rainy Night In Georgia"

Rainy Night In Georgia
(Words and Music by Tony Joe White )

Hoverin' by my suitcase, tryin' to find a warm place to spend the night
Heavy rain fallin', seems I hear your voice callin' "It's all right."
A rainy night in Georgia, a rainy night in Georgia
It seems like it's rainin' all over the world
I feel like it's rainin' all over the world

Neon signs a-flashin', taxi cabs and buses passin' through the night
A distant moanin' of a train seems to play a sad refrain to the night
A rainy night in Georgia, such a rainy night in Georgia
Lord, I believe it's rainin' all over the world
I feel like it's rainin' all over the world

How many times I wondered
It still comes out the same
No matter how you look at it or think of it
It's life and you just got to play the game

I find me a place in a box car, so I take my guitar to pass some time
Late at night when it's hard to rest I hold your picture to my chest and I feel fine
(minor scat) But it's a rainy night in Georgia, baby, it's a rainy night in Georgia

I feel it's rainin' all over the world, kinda lonely now
And it's rainin' all over the world

Oh, have you ever been lonely, people?
And you feel that it was rainin' all over this man's world
You're talking 'bout rainin', rainin', rainin', rainin', rainin', rainin', rainin',
rainin', rainin' rainin', rainin', rainin'


Sempre gostei desta canção. Talvez porque goste de chuva, por sentir que me 'limpa a alma'. E porque gosto da melodia. E por lembrar daquele fantástico cheiro a terra molhada...

Ouvi-a ao vivo há uns anos, tocada por Guitar Shorty no Blues' Café. Foi uma noite mágica! Foi numa das "Quintas-feiras de Blues" que o Blues' tinha. Tive o prazer de falar com o grupo, em especial com Guitar Shorty e com o guitarrista. Fabuloso! Muito simpáticos e tocavam magistralmente! É engraçado... ao ouvi-los tocar senti que a tocavam só para mim. Emociono-me sempre que me lembro daquela noite, daquela Rainy Night in Georgia.

"How many times I wondered
It still comes out the same
No matter how you look at it or think of it
It's life and you just got to play the game"

Será...?

7.8.06

Ele há coisas...

Depois do post desta tarde, quando já tinha saído do trabalho, uma grande surpresa: um telefonema de uma amiga minha que foi trabalhar lá para fora (estranho é ela estar muito tempo no mesmo país!). Soube tão bem! Falámos um bom bocado, 'apalavrámos' viagens. E fiquei mais bem disposta!

Nem que não fosse verdade...

... gostava que alguém hoje me abraçasse e dissesse que gostava de mim.

3.8.06

Fui injusta...

Sent: terça-feira, 1 de Agosto de 2006 13:12
To: Grasnar
Subject: Fui injusta...

 

... com um amigo.  Porque reagi a quente.  Continuo a achar que tinha razão, mas como de costume perdi-a quando overreacted. I should have known better... Myself and my friend.  O mal está feito, mas passo a vida a cometer estes erros.  De palmatória, no meu caso!  Não posso reagir por impulso porque o resultado é sempre pior que mau!  Não tenho já idade para ter mais juízo, mais maturidade e, acima de tudo, para me conhecer sa mim própria 8e aos outros) o suficiente para não fazer semrpe a mesma m****?

1.8.06

É um daqueles dias...

Se um TIR me passasse hoje por cima, acho que nem daria por nada...

20.7.06

Não suporto gente estúpida!!!

Desculpem o desabafo, mas não tenho paciência para gente estúpida!  Erro meu, eu sei, afinal não têm culpa de ser assim.  Mas a verdade é que conseguem ‘torrar’ a paciência a um santo quando se lhes explica 50 vezes a mesma coisa com desenhos a cores e 3D, e voltam sempre à carga com as mesmas dúvidas e as mesmas reclamações.  E se à estupidez inata aliam uma dose substancial de arrogância, quando a mim, há 2 caminhos: ignorância (mas só tenho sangue quente até um certo ponto...) e depois, discussão certa e nada bonita!

 

Quem saiu mal?  Eu, eu sei.  Porque sou mais velha, porque should have known better, porque (teoricamente) já deveria ter maturidade suficiente para saber lidar com gente assim, porque não posso deixar que uma pirralha estúpida e arrogante me deixe num estado de nervos com hoje aconteceu. Mas porem em causa o meu profissionalismo e empenho ou o de colegas só porque não percebem que quando dizemos que algo NÃO é possível ou não faz sentido e apresentamos argumentos não é para ‘sacudir a água do capote’ ou falta de empenho mas antes porque temos conhecimento do mercado e dos clientes para dizer isso, ISSO eu não suporto MESMO.  E foi a gota de água...

17.7.06

Tristes dias...

Está sol, o mar está com cores bonitas, as obras em casa estão praticamente prontas, tudo ok com a família, mas sinto-me triste, sozinha, muito sozinha mesmo. Queria fugir, viajar, começar tudo de novo. Estou bicho-do-mato, muito irritadiça, 'de estalo'. Mas iria adiantar? O problema está em mim, EU é que sou o problema, o peso para os ainda se dignam ligar-me alguma coisa. Na verdade não tenho razões para me queixar, mas sinto tanto a falta de um ombro amigo, de quem me ature... Com muita ou pouca gente à volta, sinto-me sozinha, muito sozinha. É engraçado: acho que passar umas férias a viajar on my own me ajudaria a reencontrar-me... com os outros!

12.7.06

"O Juramento do Árabe"

Baçus, mulher de Ali, pastora de camelas,
Viu de noite, ao fulgor das rútilas estrelas,
Vail, chefe minaz de bárbara pujança,
Matar-lhe um animal. Baçus jurou vingança,
Corre, célere voa, entra na tenda e conta
A um hóspede de Ali a grave e inulta afronta,

"Baçus, disse tranquilo o hóspede gentil,
Vingar-te-ei com meu braço, eu matarei Vail."

Disse e cumpriu.
Foi esta a causa verdadeira
Da guerra pertinaz, horrível, carniceira
Que as tribos dividiu. Na Luta fratricida,
Omar, filho de Anru, perdera o alento e a vida.

Anru, que lanças mil aos rudes prélios leva,
E que, em sangue inimigo, irado, os ódios ceva,
Incansável procura, e é sempre em balde, o vil
Matador de seu filho, o traidor Mualhil.
Uma noite, na tenda, a um moço prisioneiro,
Recém-colhido em campo, o indómito guerreiro
Falou, severo, assim:
" Escravo, atende e escuta:
Aponta-me a região, o monte, o plaino, a gruta,
Em que vive o tridor Mualhil, diz a verdade;
Dá-me que o alcance vivoi, e é tua a liberdade!"

E o moço perguntou:
"É por Alá que o juras?"
"Juro" - o chefe tornou -
"Sou o homem que procuras!
Mualhil é o meu nome, eu fui que espedacei
a lança de teu filho, e aos pés o subjuguei!"

E intrépido, fitava o atónito inimigo.

Anru volveu: "És livre, Alá seja contigo!"

Gonçalves Crespo, em "Nocturnos"

1.7.06

Grande Ricardo Coração de Leão!

O Mister

Toda a Selecção nos enche de orgulho, e é por eles, por todos nós, por Portugal, que o país, todos os cantos onde há portugueses estão em festa! Confesso que de início não gostava muito de Scolari, mas foi ele que nos fez voltar a acreditar que é possível ganhar, que nos fez ter tanto orgulho da nossa Selecção, ter vontade de mostrar a nossa bandeira, perder os medos e jogar sem complexos, querer contrair estatísticas (ganhar a Espanha, Inglaterra, Holanda,...? Impossível, era o que pensávamos A.S.).

Hoje, é o que se vê. Foi um jogo muito táctico, muito cauteloso, entre 2 equipas equilibradas mas muito diferentes. Não foi um jogo bonito, um daqueles que sabemos que os nossos rapazes sabem e gostam de jogar. Mas mostrámos ter calma, uma grande e muito unida equipa, bravura, vontade de vencer e de fazer história.

Este espírito de vencer muito o devemos a Scolari. Que uniu a Selecção, ousou quebrar tabus e fez valer a sua vontade até onde quis. E com isto nos uniu todos! E o bálsamo que esta fantástica campanha de Portugal no Mundial não tem sido para a alma lusa por esse mundo fora (como o tinha já sido no Euro 2004)!

Qualquer que seja o futuro de Scolari, ninguém nos pode já tirar as alegrias que, fruto do seu trabalho e inicações, a Selecção fez por nós. Se sair, que consigamos continuar o seu trabalho. Por tudo o que fez por nós. Mas, acima de tudo, por nós mesmos!

POR-TU-GAL, POR-TU-GAL !!!


Tanto orgulho, meu Deus!!!!

Obrigada!!!


É bom sofrer convosco e ver-vos sofrer e suar por todos nós!
Juntos, por Portugal!!!

18.6.06

Agora é que vai ser!

De regresso a casa após uns diazitos de férias, eis que percorro os meus vários e-mails em busca de notícias de amigos e não só. Numa dessas Inboxes, a que dedico às "chachas", tenho uma newsletter que me vaticina uma excelente período nos próximos meses. Será?

"Rest up while you can! On June 19, Uranus turns retrograde, bringing his flair for the unusual to a planet near you. Until the ruler of rebellion returns to direct motion on November 20, you may notice an increase in personality transformations or oddball news reports; indeed, the conventional wisdom for the next few months is 'Expect the unexpected.' Now, those of you with well-worn PDAs and perfectly up-to-date planners might find that advice less than reassuring. But the key to success these days is to go with the flow. That mind of yours is brimming with untapped talents and innovative ideas, and Uranus is bound and determined to set them free!

Uranus established his reputation as our solar system's renegade long ago. But this planet is very much a rebel with a cause, namely humanitarianism, creativity and breaking with tradition. During his retrograde journey, that energy -- which typically plays out on a more collective scale -- is focused inward. Is there a cause you want to get involved with? a pottery class you've had your eye on? a certain bohemian side of yourself that you haven't seen in a while? Seize this chance to celebrate your individuality and move beyond the status quo.

Reveal your full potential -- including talents that might surprise you!

Of course, a period known for erratic, unusual behavior might not be the best time to act on every brilliant idea. But these upcoming months are your golden opportunity to think outside the box in ways that the 9-to-5 world of convention doesn't always allow. Experiment with new modes of _expression to find the one that suits you best (pens, food, clothes, music ... no doubt you have ample tools all around you). By late November, you may find that you're ready to share what you've learned with the world."

5.6.06

Reunião de família

Ontem, reunião de família. Mais de 200 pessoas (faltaram muitas!), 6 ramos, já 7 gerações (5 vivas). Regularmente ou seja, mais ou menos de 2 em 2 anos juntamo-nos. É um dia em que distribuem beijos e abraços a torto e direito. Afinal, somos todos primos! ;) Na apresentação, dizemos o nome, o nome do Pai ou da Mãe, para + fácil identificação, e ainda a cor do nosso ramo. Sou dos azuis, o maior ramo!

É bom rever pessoas que não se vêem com muita frequência, espalhadas por todo o lado. Desta vez, até vieram uns primos do Brasil!

A par dos primos e tios-avós por quem tenho um carinho especial, gosto de ver a família a renovar-se. Todos os anos há muitas caras novas, mais bebés. Mas também há sempre notícias de alguém que nos deixou, de alguém que está muito doente. E custa ver os tios-avós a envelhecer, cada vez com mais dificuldade em andar, quase a não nos conhecerem.

É uma família grande (só primos direitos o meu Pai tem 51!), mas nem sempre muito unida. Mas nestes dias esquecem-se essas divisões, aproximamo-nos.

Há uns anos os mais novos (os sub-32) rsolveram continuar este espírito mais regularmente. Durante algum tempo organizámos jantares, mas a correria do dia-a-dia e as crianças a nascer tornou-os cada vez mais espaçados. No primeiro (o record!) éramos 38 primos em segundo-grau! Lembro-me da cara de surpresa do empregado do restaurante quando perguntou se não havia bolo de anos ou se o aniversariante o traria e lhe respondemos que ninguém fazia anos, que era 'só' um jantar de primos... Tantos?!

Pois é... somos muitos...!

30.5.06

A Igreja e os peditórios *

Escrevi isto há pouco no blog Dias Úteis, do Pedro Ribeiro, em resposta ao seu post...

"Tal como a Sendyourlove, também sou católica praticante. E também me custa muito ouvir estas coisas, porque dão azo a que cada vez mais pessoas critiquem a Igreja. Mas não podemos esquecer que a Igreja é feita por Homens, cada com coisas boas e más, com pecados e virtudes como qualquer humano. Felizmente, para além da Fé que sinto, conheço muitos exemplos de padres que me fazem continuar a acreditar nesta Igreja. Pelo seu exemplo, pela sua palavra, por me falarem ao coração, por serem tão diferentes do exemplo que contaste! Tenho pena que quem não vai regularmente à Missa ou não acredita em Deus não se tenha nunca cruzado com padres assim! Ou será porque é sempre + fácil pegar nos aspectos negativos para dar + força às críticas?

Querem exemplos de padres que não honram Deus? Também conheço; também poderia contar muitos... Mas prefiro agarrar-me aos outros casos, a todos os que me fizeram sentir muito melhor depois de os ouvir. Aos que verdadeiramente ajudam quem precisa.

Mas a Igreja também tem muita culpa em tudo isto. Por exemplo, ao permitir que pessoas sem Fé casem pela igreja ou baptizem os seus filhos só pela festa, para (se) poderem mostrar à família e aos amigos. Sem perceberem a importância desse gesto. E quantas das pessoas que tanto criticam a Igreja não casaram ou gostariam de casar com uma cerimónia religiosa? Isto é que é hipocrisia!
"

28.5.06

Comovo-me sempre...

... ao ouvir o Hino Nacional. Ontem ouvi (e cantei) enquanto o Roberto Leal o cantava na Praça do Giraldo, na cidade onde pouco depois Portugal jogaria um amigável com Cabo Verde. 4-1, bom treino para o Mundial. Coro afinadíssimo, a praça cheia a cantar com ele. Muitos braços no ar, muitos cachecois, muitas t-shirts da selecção. Sentia-se um apoio formidável aos nossos rapazes! E chorei, sim, chorei ao cantar o hino, ao ver a emoção com que era cantado. Gosto muito do nosso hino, e emociono-me sempre que o ouço. Mas entoado por uma multidão, onde o verde e o vermelho reinavam, isso 'arrasa' comigo!

Lembrei-me do que senti no Euro 2004, quando o cantei nas Docas, onde muitas gargantas (mais ou menos afinadas...) o cantámos em coro. A emoção que se sentia, o orgulho que se respirava são inesquecíveis! Estava acompanhada por um amigo de outro país, e recordo o respeito com que era escutado pelos estrangeiros que também ali estavam.

"A Portuguesa"
Música: Alfredo Keil

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

26.5.06

Há dias assim...

... em que o copo parece estar meio vazio, a caminhar rapidamente para o vazio. Em que, por mais ensolarado que esteja o dia, tudo parece cinzento: as pessoas, os lugares, os sonhos. Dizem que sou muito desconfiada, mas continuo a acreditar nas pessoas, a querer acreditar nelas, e depois... que valentes baldes de água fria com que nos presenteiam! Foi o caso, é o caso. Quero fugir, quero desaparecer, preciso de um abraço...

22.5.06

Faço anos!!!

I don’t particularly like birthdays. Nor mine, to be exact. I don’t recall the last time I had a birthday party, nor a birthday cake. I’m just one day older than yesterday, and one day younger than t’row, so what’s the big fuss? I never tell anyone it’s my birthday, still I like when friends or colleagues congratulate me. Feels so nice…

One of the reasons why I don’t like b’days (or mine) is because I always tend to think of all the projects I had planned to undertake, and all the ideas that are still well hidden in the shelves. And I tend to feel a bit (too) lonely.

I know a friend of mine knows the ‘gipsy guy’. For the 1st time I mentioned him to this friend of mine, who told me very nice things about him. I pretended I just knew ‘the gipsy’ slightly. He can’t guess how I feel. If ‘the gipsy’ called me, THAT would be a hell of a birthday gift!

And I keep on dreaming and dreaming… ;)

21.5.06

"My way"

Frank Sinatra - My Way
(P. Anka, J. Revaux, G. Thibault, C. Frankois)

[Recorded December 30, 1968, Hollywod]

And now, the end is here
And so I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case, of which I'm certain
I've lived a life that's full
I traveled each and ev'ry highway
And more, much more than this, I did it my way

Regrets, I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do and saw it through without exemption
I planned each charted course, each careful step along the byway
And more, much more than this, I did it my way

Yes, there were times, I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all, when there was doubt
I ate it up and spit it out
I faced it all and I stood tall and did it my way

I've loved, I've laughed and cried
I've had my fill, my share of losing
And now, as tears subside, I find it all so amusing
To think I did all that
And may I say, not in a shy way,
"Oh, no, oh, no, not me, I did it my way"

For what is a man, what has he got?
If not himself, then he has naught
To say the things he truly feels and not the words of one who
kneels
The record shows I took the blows and did it my way!

[instrumental]

Yes, it was my way

19.5.06

Lembranças

Hoje, como ontem, continuo sem conseguir esquecer histórias antigas. Histórias inacabadas. Mal escritas. Mal percebidas. Já não vale a pena tentar perceber. Tentei, achava que tínhamos deixado tudo esclarecido, que tínhamos sido claros quando dissemos o que pensávamos e o que sentíamos. E o que tínhamos pensado e sentido uns anos antes, quando nos conhecemos. Concordámos que tinha havido uma série de mal-entendidos, e que na altura nenhum questionou. E que tinha ficado claro que queríamos tentar, que achávamos que valia a pena. Enganos, puros enganos. Pelo menos da minha parte...

Será que dizes a todas o que me disseste? Se sim, tiro-te o chapéu pela tua cara-de-pau... Mas isto não coincide com a imagem que tinha de ti, sério, íntegro, honesto. E tanta coisa me lembra de ti: vejo as tuas iniciais nas matrículas dos carros (parece que pelo menos metade dos carros que circulam por cá passeiam o teu nome!), vou em sobressalto quando o telemóvel toca, e há sempre algo de ti na rádio que ouço, imagino encontrar-te quando passo nas ruas por onde andámos, nos sítios onde fomos. Imagino conversas, viagens, momentos partilhados.

Mas nada disto faz sentido. É mesmo (e apenas) “panca”, por as coisas não terem sido ditas “pretas no branco”. Pela incoerência entre o que disseste, as mensagens que me deixavas e os teus actos. Já não quero nada, a sério! Queria apenas que tivesses tido a honestidade de me dizer, olhos nos olhos, que tinhas mentido de todas as vezes que afirmaste que tinhas muitas saudades minhas, que quando nos conhecemos só não avançaste porque achavas que eu tinha outra pessoa, que pensavas em mim, que gostavas de mim...

18.5.06

Será?

"Precisas de te libertar e de deixar fluir a relação". Será? Fiquei a pensar nisto. E no que arrisquei, há uns anos, e no rotundo fracasso que daí resultou. Será que isto explica o que aconteceu depois? Ou não passa de uma desculpa? Acho que tenho tido alguns maus timings na vida. Será? É sempre mais fácil culpar o mundo do que nós próprios, não é?

17.5.06

Bahhhhh...!!!

"Gostei muito de te ver." Bahhhhh...!!!!

Когда ты гоборишь мне по телефону? никогда!

13.5.06

Surpresa!

Hoje fizemos uma surpresa à L. Lembrei-me que fazia anos e combinámos entre nós fazer-lhe uma surpresa. Comprei-lhe um fio que achei que era "a cara dela" para o darmos entre todos. Como sempre, R. chegou um pouco atrasado, e à entrada, com a porta entreaberta, fez-me sinal de que trazia um bolo! Ela corou, atrapalhou-se, e não achou muita piada quando lhe dissemos que a aula acabaria mais cedo para lhe cantarmos os parabéns. Refilou mas não teve hipótese. Ainda tentou atrasar as coisas mas fomos implacáveis! :)

As fotografias são prova da alegria que sentiu quando viu o bolo, quando lhe cantámos os parabéns, quando viu o fio. E com a reacção de outras pessoas que estavam nas mesas ao lado. Gostamos todos muito dela, e acaho que também gosta de nós. Embora não estudemos tanto quanto ela gostaria, nem quanto nós precisaríamos...! Excepto R., que não sei o faz naquela aula, no nosso nível, quando sabe muito, mas mesmo muito mais do que nós! Mas somos um grupo divertido, animado, muito heterógereo, damo-nos muito bem e gostamos muito uns dos outros.

Fiquei feliz. Ou melhor, ficámos todos felizes! Porque gostámos de lhe ter feito a surpresa, gostámos de lhe mostrar que é importante para nós. Pelo que nos ensina mas, acima de tudo, por ser assim, muito correcta, muito tímida, muito carinhosa, sempre preocupada connosco. Porque é muito especial. Porque, mas importante do que o bolo ou o fio, foi o termos-lhe mostrado que gostamos todos muito dela e que somos todos amigos.

Parabéns, L.! :-) E obrigada por te podermos ir conhecendo um pouco mais a cada sábado.

Reencontros

Voltámos a encontrar-nos esta semana. Por acaso. Sem o esperar, acabei por ter uma semana muito animada em termos sociais (já sabia que no trabalho também seria...). Só quando estava num dos eventos e vi chegar alguns colegas dele (notavam-se a milhas!) é que me lembrei que poderia também aparecer. Um bocado depois lá apareceu, como sempre, animado, conversador, como eu me lembrava dele. A "destilar" charme, como sempre. Uns minutos mais tarde viu-me e fiz-lhe adeus. Falámos um bocadito, foi bom, estive descontraída.

É curioso, nunca consegui perceber o que (não) se passou... Temos um condão para nos reencontrarmos de tempos a tempos (leia-se anos), falamos, aparentemente gostamos de conversar um com o outro, mas depois puff...!: desaparece de circulação. É verdade que gostei, que sonhei, que achei que poderia acontecer qualquer coisa muito boa. Imaginei mil razões para o desaparecimento, recriminei-me, fechei-me ainda mais. Três vezes aconteceu isto. E acho que percebi bem quando ouvi que também gostava, que tinha reparado em mim, que gostava que tivesse havido acontecido algo entre nós, e que da primeira vez só não se aproximou porque achou que eu tinha alguém. Errado, não tinha, mas não também não tentou...

Lembro-me de como a voz dele me acalmava. Das desculpas mais ou menos profissionais que arranjava para lhe ligar quando as coisas no escritório não corriam bem, há uns anos (já lá vão 9 anos, será possível?!). Porque só de ouvir a sua voz, mesmo que falássemos do tempo, me fazia tão bem... E a eternidade que demorava a dar-me um beijo na cara... E a mão nas minhas costas, puxando-me para si. Moreno, bem moreno. Muito simpático, sorriso bonito. Vestia bem, gostava do estilo. E adora (e sabe) cozinhar, segundo diz, enquanto que o meu jeito para a cozinha roça o nulo...

Não vou começar a sonhar. Chega de (des)ilusões, já não quero nada. Só de lembrar episódios antigos... Não sei se está sozinho, já não me interessa. Disse que me ligaria para um almoço. Se calhar até liga, se calhar até vamos almoçar, se calhar até diz que tem pena que nos tenhamos afastado, se calhar até dirá que agora vai ser diferente, se calhar até dirá que podemos ser amigos, e muito provavelmente voltará a desaparecer... até novo (re)encontro, daqui a uns anos.

Não há duas sem três, haverá 3 sem 4?

5.5.06

'How lucky am I?'

Your Luck Quotient: 62%

You have a high luck quotient.
More often than not, you've felt very lucky in your life.
You may be randomly lucky, but it's probably more than that.
Optimistic and open minded, you take advantage of all the luck that comes your way.

3.5.06

Timshel

"Any writing which has influenced the thinking and the lives of innumerable people is important. Now, there are many millions in their sects and churches who feel the order, ‘Do thou,’ and throw their weight into obedience. And there are millions more who feel predestination in ‘Thou shalt.’ Nothing they may do can interfere with what will be. But 'Timshel! Thou mayest’! Why, that makes a man great, that gives him stature with the gods, for in his weakness and his filth and his murder of his brother he has still the great choice. He can choose his course and fight it through and win.”

in "East of Eden", by John Steinbeck

Desde que li pela primeira vez que li John Steinbeck que me apaixonei pela sua escrita. E isto significa devorar todos os seus livros. Devo ter lido "A Leste do Paraíso" há uns vinte anos, e desde então tem sido O meu livro! 'Timshel' - Thou shalt'. As vezes que me lembro desta palavra e de tudo o que ela representa...! Cada um de nós tem de facto a hipótese de escolher o seu caminho, e são essas escolhas que determinam a nossa Grandeza. Perante os próprios e perante o mundo.

'Timshel' - Thou shalt'. Todos os dias faremos escolhas. Será que tenho feito as escolhas correctas? Não sei, não...

Oh, como eu gostava de ser Grande...

1.5.06

"O Costa do Castelo"

Num zapping esta tarde, tive a sorte de dar com o "Costa do Castelo" mesmo a começar na RTP1. É o que chama hora de sorte! Porque é sempre um prazer rever os clássicos do cinema português: "O Pai Tirano", "O Pátio das Cantigas", "O Leão da Estrela", "A Canção de Lisboa", "A Menina da Rádio", este. O nível dos actores (com António Silva, Vasco Santana e Ribeirinho à cabeça, ou ainda Maria Matos, Hermínia Silva, Milú, Beatriz Costa, Laura Alves, Curado Ribeiro, Lopes Barroso, Óscar Acúrcio). A naturalidade da representação, os textos, os trocadilhos, os duplos sentidos (sãos, sempre, muito ricos). E o partido que os actores tiravam do seu corpo (Ribeirinho, por exemplo, mestre nesta arte). A imaginação e a riqueza das cenas... A magia do preto e branco, o reviver uma parte da História do país, como se vivia, os objectos, as relações e convenções sociais...

Arthur Duarte, António Lopes Ribeiro, Cottinelli Telmo, Francisco Ribeiro (Ribeirinho), mestres maiores desta arte. Realizadores sem igual.

Histórias divertidas, que nos agarram ao sofá, queremos que não acabem. Bem vistas as coisas, não são ainda muito actuais? Quantas vezes não damos por nós, ainda hoje, a repetir frases destes filmes, ou recordamos cenas? O monólogo de Vasco Santana com o candeeiro em "O Pátio das Cantigas", ou ainda a ginástica matinal dele e do Ribeirinho, ou o furo na parede da adega, as contas de António "Evaristo" Silva, alfaiate em "A Canção de Lisboa" nas costas de um seu cliente, os inesquecíveis "Ó Evaristo, tens cá disto...?" ou "Chapéus há muitos..." do quase-médico Vasco Santana, o enredo e os disfarces, o "assalto" à casa dos ensaios, o "Não tem pastéis de bacalhau? Então pode ser um copinho de vinho branco" n'"O Pai Tirano", o "Viúva Clicquót" bebido no Porto no "Leão da Estrela", o jogo, os preparativos, ...

Ainda hoje me surpreendo a ver estes filmes. E já perdi a conta às vezes que os vi! Lembro-me de muitos pormenores, de frases, mas é sempre uma descoberta. Destes, não consigo escolher o meu favorito... O que sei é que nunca me canso de os ver e de rir com eles!

25.4.06

De castigo...

Estou de castigo, como se me tivesse portado mal e não pudesse ir brincar para a rua. Têm estado uns dias lindos, mas pela 1ª vez desde que comecei a trabalhar, já lá vão uns anos valentes, tive me meter baixa para não contagiar os meus colegas. E estou com problemas de consciência por isso, imaginem! São só uns diazitos, e por acaso até tinha trazido trabalho para casa neste feriado, por isso tenho com que me entreter. Mas custa-me ficar assim em casa...
Presunção e água benta..., é verdade, mas a penso que devo ser mesmo 'ave rara' neste nosso Portugal. Quantos não se degladiam por umas baixas fraudulentas? E oferecem qualquer coisa para um médico 'amigo' testemunhe que estão incapacitados para o trabalho? Ou arranjma todas as desculpas, por mais mirabolantes que possam ser, para faltar ao trabalho ou pelo menos encurtar o horário?
E eu com problemas de consciência por ter borbulhas que causam tanta comichão e que facilmente poderia pegar a outros...

21.4.06

"Since The Last Goodbye"

Gosto muito de Alan Parsons Project. Descobri-os há muitos anos, e esta é apenas uma das (muitas) razões que me fazem ouvir os seus CDs vezes sem conta, em casa, no carro ou no trabalho...

Since The Last Goodbye Lyrics
(Chris Rainbow - Lead Vocal

The hours, the minutes seem to fly
And since the last goodbye
You and I came a long way
The nights, too short to fill with sleep
Or falling in too deep
Seem so far away now

Memories, all we share between us
Everything we were, all that we remain
But memories somehow came between us
Breaking up two minds that were one and the same

The years are moments passing by
No time to wonder why
You and I went the wrong way
The days too short to fill with dreams
Or question what it means
Are a part of me now

Remember all the leaves were falling
Walking hand in hand, standing in the rain
Remember distant voices calling
Whispers in the dark, I can hear them again

Since the last goodbye
It's all the wrong way round
Since the last goodbye
It's all the wrong way round

Memories, all we share between us
Everything we were, all that we remain
But memories somehow came between us
Breaking up two minds that were one and the same

Since the last goodbye
It's all the wrong way round
Since the last goodbye
It's all the wrong way round

20.4.06

Todo o mundo aqui tão perto...!

Quem diria, há uns anos, que passaria um belo serão em amena cavaqueira via msn com um amigo que está a uns valentes milhares de km de distância. A matar saudades, a rir e trocar fotos, a trocar lembranças e estórias, planos e dúvidas. O mail já nos aproxima muito, mas pelo msn é 'imediato'. E com câmara...

Gosto de terminar assim um dia de trabalho. Sinto-me viva, acarinhada, próxima de quem está longe. E de quem gosto.

19.4.06

(Re)encontros

Por circunstâncias várias, ontem e hoje reencontrei pessoas que há muito não via. Afastamentos mais ou menos intencionais, mais ou menos conscientes, mas que se traduziram num corte radical de qualquer contacto (num caso) ou nos contactos a cingirem-se a trocas de mails e telefonemas (nunca tão regulares quanto seria desejado), nos outros. Mas o tempo passa, e se nuns casos se tratou apenas de meses, noutros a separação foi mesmo de anos!

Gosto de rever amigos (ou simplesmente conhecidos). Relembram-me tudo o que já fiz, locais por onde passei, tudo o que aprendemos juntos. As alegrias partilhadas mas também as desilusões. E mostram-me o que mudei, o que mudámos. Ou não. O giro do almoço de ontem é que estamos todos na mesma, na aparência e entre nós! E a conversa fluiu alegremente, fácil. Foi tudo tão fácil que até parece que o relógio ganhou asas e correu mais depressa! No final, as inevitáveis promessas de repetição do reencontro a 4 num futuro próximo. Mas como em tudo, “futuro próximo” pode querer dizer tanta coisa (ou melhor, tanto tempo)...

Hoje, o outro reencontro “forçado”. Dávamo-nos bem, éramos amigos, mas a vida às vezes prega partidas e há uns anos valentes afastámo-nos. Porque eu o quis, porque teve mesmo de ser. Mas sei que ele acabou por ser “enrolado” numa história muito mal contada, e o que fez e disse foi porque “como dizia um ex-colega meu” (e perdoem-me a linguagem), esse meu amigo, excelente pessoa e que tanto confiava nas pessoas,“emprenhava muito facilmente pelos ouvidos”, e acreditou na tal história mal contada e inventada. Apesar de tudo o que aconteceu, tenho pena que nos tenhamos separado, mas não há volta a dar! Da minha parte o corte foi radical, não só com ele mas com um grupo de amigos, com “o” até então meu grupo de amigos. Mas o que se passou foi demasiado grave para ser esquecido. Contudo, gostei de o rever. Já quando combinámos isto pelo telefone, há uns dias, gostei do “Olá!” vivo e muito caloroso com que me recebeu. Foi um reencontro rápido (tratámos do que tínhamos a tratar) mas falámos muito cordialmente, de forma simpática. Acho que tínhamos ambos vontade de retomar a nossa amizade, de falar e perguntar o que cada um andou a fazer estes anos. Mas nenhum deu o 1º passo...

17.4.06

Salada... russa!

Sou 'bloguista' nos tempos livres, como se vê; há tantos dias que não passava por aqui! Estou cada vez mais desanimada no trabalho, e nestas alturas sinto muito a falta de um ombro amigo, de um ombro amigo muito especial.

Penso em pessoas que foram muitos especiais para mim, no que estarão a fazer. No que estarás a fazer. Pergunto-me também o que será feito 'da minha pedra no sapato' (ainda hoje me lembro dele quando passo em alguns lugares, quando vejo alguns objectos que mo recordam). Se há misunderstandings na vida, este foi sem dúvida um deles. E a dobrar! Ainda hoje não consigo perceber o que se passou, se é que se passou alguma coisa...

Cada vez tenho mais vontade de fugir, de partir sem destino nem bilhete de regresso. Estou a 'emburrecer', todos os dias sinto que perco algumas células cinzentas, não as ginastico... a dois!

Num horóscopo qualquer lido 'em diagonal' dizia que estava prestes a encontar o amor da minha vida. Será que posso acreditar? E como é que o vou encontrar? Ah, talvez me mande um mail ou me venha bater à porta... ;)

10.4.06

Pe. Filipe

Ontem voltei aquela igreja. E já sei o nome do padre, é o Pe. Filipe. Só este nome traz memórias, mas não vou entrar por aí. Vou sim relembrar tudo o que sinto quando ouço este Pe. Filipe, a miríade de emoções que desperta, que me comove. Porque fala com o coração, porque ME fala ao coração. Porque tem o dom, como ninguém, de mostrar a cada um de nós como a Palavra de Deus tem a ver connosco, com as nossas vidas, com cada momento que vivemos. Fala pouco, mas fala tanto! E percebo que na assembleia o Pe. Filipe toca muita gente. Ao olhar em redor, vêem-se muitos olhos brilhantes ou marejados de lágrimas. Faz-me sentir viva, com Fé, com força. Faz-me sentir parte do Reino de Deus. Dá-me força para corrigir algumas coisas, mostra-me novos caminhos, outras formas de resolver problemas do dia-a-dia. Nem sempre é fácil ir ouvi-lo, mas venho de lá tão feliz, tão cheia de energia!

22.3.06

Que sentimento de vazio...!

É como me sinto, e cada vez mais... Cansada, "gasta", estoirada, sozinha, vazia. Apetece-me fugir, desaparecer, recomeçar longe.

20.3.06

Ah, doença boa...!

Há c'anos que não sinto 'aquele' friozinho na espinha, as pernas bambas, as palavras tartameladas, os arrepios aos toques de pele. O imaginar a todo o instante o que estarás a fazer, em que estarás a pensar. O vestir-me a pensar em ti. Sonhar mil e uma conversas, 'desenhar' passeios na minha cabeça. O nervoso miudinho antes de qualquer encontro. Ter vontade de cantar, de sorrir, de dizer a todos que estou 'irremediavelmente doente'. Estar apaixonada. Que saudades de me sentir de novo 'teenager inconsciente'...! De me sentir viva! De sentir que há alguém muito especial que também me acha especial. Tenho saudades, oh se tenho...!


"Everybody Knows (Except You)" *
The Divine Comedy

I told the stars above
about the one I love
I told the morning sun,
yeah I'm telling everyone

I told my mum and dad,
they seemed to understand
And I'll get through to you
if it's the last thing that I do

Everybody knows that I love you
Everybody knows that I need you
Everybody knows that I do
except you

I told all of my friends
again and again and again
I drove them round the bend
so now you're my only friend

I told the passers by,
I made a small boy cry
And I'll get through to you
if it's the last thing that I do

Everybody knows I live for you
Everybody knows I adore you
Everybody knows that it's true
except you

* Esqueçam a versão 'tuga dos Delfins. Não tem NADA, mas é que não tem mesmo NADA a ver!

Gosto muito dos Divine Comedy ("apresentados" por um amigo que me chamava musicalmente inculta...), mas de todas as canções que conheço, esta cedo se tornou para mim na que melhor descreve essa 'doença', essa mistura de sentimentos tão fortes, tão intensos, tão agradáveis que vivemos quando estamos apaixonados.

Ora digam lá que não é assim...

19.3.06

Mais um fim-de-semana...

Mais um fim-de-semana se passou. Agitado (no bom sentido), agradável. Pena a chuvada de hoje. Ok, eu sei que faz falta, mas lá que tem chovido muito, tem! Tanto que encheu um dos terraços de casa, e fez entrar água para o corredor! Esta tarde lá andei eu de chinelos e calções no terraço a escoar a água e a limpá-lo. À espera de novas chuvadas... Aquilo até nem estava entupido, mas a intensidade da chuva deve ter sido tão grande que o ralo não deu vazão a tanta água.

Devia ter adiantado umas coisas de trabalho, mas ainda não lhes peguei. As últimas semanas têm sido complicadas, e não seria por trabalhar hoje que conseguiria sair a horas decentes nos dias que se avizinham. Ao menos descanso 'daquilo' no fim-de-semana, já não é mau.

E ainda tenho de fazer o IRS, e tenho de estudar...

16.3.06

Tenho de comprar uma bicicleta!

Tem mesmo de ser; desta é que é! Preciso de fazer exercício, preciso de arejar, de ver pessoas. Como tenho a sorte de morar num sítio bonito para andar de bicicleta, tenho de afastar a preguiça e disciplinar-me. Acho que me vai fazer bem à cabeça. Desta é que tem mesmo de ser!

14.3.06

Computadores

Como é que máquinas que nos permitem poupar tanto tempo e simplificar a vida nos conseguem também dar tantas dores de cabeca e atrasar o trabalho todo? E estamos já tão dependentes deles que se nos falham por uns minutos que seja ficamos 'às aranhas'!

13.3.06

Este ano não vou à neve...

...e tenho tanta pena!

Gosto da emoção dos preparativos, de rever o material, da viagem. De ver a neve aparecer lá ao longe, à medida que nos aproximamos do destino. Do cheiro frio, do ar gelado que nos enche por dentro. Da chegada, da compra dos forfaits, do aluguer dos skis e do experimentar das botas. Do levantar cedo, do correr para as cadeirinhas, da 1ª descida. E de todas as outras, das pistas que se vão descobrindo, das vistas fantásticas que nos passam pelos olhos. Por sentir a cabeça "limpa", o "disco formatado", como costumo dizer, ao fim de 5 minutos de skis nos pés. Da neve fofa, dos saltinhos. Das aulas, do que vou evoluindo, das descidas rápidas, das gargalhadas. De skiar de t-shirt, nos dias quentes. Das pistas junto a lagos ou ladeadas por árvores. De descansar ao sol, sentindo a neve trespassar o fato. Do almoço comido à pressa para não perder tempo, numa qualquer esplanada (há sempre tantas pistas por descer...!). De rematar o almoço com um chocolate quente (sempre pequeno e caríssimo, já sei!). Das quedas em neve fofa (quando acontecem; felizmente são cada vez mais raras). Das gargalhadas, das fotos, dos filmes que ficaram para a posteridade. Dos minutos passados no alto, apenas a olhar para as montanhas à volta, para o mundo lá em baixo, ao longe, pequenino... Do que isso me acalma. De me sentir livre e tão feliz ali! De correr para a cadeirinha que nos levará às pistas mais altas, para depois as descermos calmamente, até ao fim, e sermos os últimos - ou quase - a regressar. Da inevitável batalha de neve, pelo menos no último dia, após a última descida. De me sentir qual astronauta quando tiro as botas pesadas. De comer uma sopa quente no apartamento, ou de me deliciar com um belo crepe doce, numa café ou numa crêperie onde ficamos horas e horas na conversa, a contar as histórias do dia e planear o dia seguinte. Do jantar (ou não...), da desarrumação da casa, das trocas e baldrocas e confusões. Das discussões sobre quem lava a roupa e limpa a casa em cada dia. Das risadas, das cartadas e jogatanas que nunca faltam noite dentro. De me sentir completamente de rastos, cedíssimo para os padrões normais, e de me deitar a sonhar com as pistas, e os skis, e a neve. Das nódoas negras, dos músculos doridos, e do prazer que isso me dá! De pensar nas pistas que ainda vou descer. Da luta interior do último dia, entre o cansaço acumulado, a razão, que me dizem para descansar (com os joelhos já a dar sinal, é o costume), e o coração, a adrenalina, que me empurram para as pistas. Luta desigual, injusta: ganha sempre a emoção de voltar às pistas, de aproveitar até à última cadeirinha, ao último minuto, ao último segundo. E a tristeza de deixar tudo aquilo, aquela calma, aquela paz de espírito. E o arrumar as malas, as saudades que já apertam, os planos que se fazem para o ano seguinte. Do último olhar para as pistas, da última neve que se vê.
De ser tão feliz ali, no meio daquela imensidão, de me sentir tão pequenina ali no cimo da montanha, rodeada de branco e de árvores.

Este ano não vou à neve. (Mas pedi para descerem uma por mim.)

6.3.06

Grandes verdades!

Conversa no escritório, hoje, ao cair da noite:

- Ando a sair tão tarde que quando chego a casa já nem me apetece jantar, e mal vejo o meu marido!
- Pois tu ainda tens sorte, tens marido...
- Sim, falas de barriga cheia!
- Nós nem temos tempo para procurar um!
- ... quase nem brinco com a minha cadela...
- Só ele nos vier bater à porta: "Olá, boa noite, queres casar comigo"?
- Por isso é que há tantos casos com colegas de trabalho...
- ... não há tempo para ver outras pessoas!
- Podemos mandar um mail a toda a empresa, pode ser que haja interessados...
- Ou pomos um anúncio...
- Parece que o que está a dar é ir às compras sozinho com crianças...
- ... ou com cães, têm muita saída!
- Sim, começam logo a meter conversa!
- Emprestas-me a tua cadela?
- É o cutchie, cutchie, umas festinhas ao cão...
- Um amigo meu disse que "emprestava" a filha a amigos solteiros para ver se tinham mais saída...
- Então vou passear passear com a minha afilhada...
- Pronto, este fim-de-semana vou passear com os meus sobrinhos...
- ... o pior é que nem tenho tempo para a ir buscar!
(risos)

E assim se passaram uns minutos de boa disposição, de descontacção após (mais) 1 dia altamente stressante.

Amanhã há mais... um dia altamente stressante, claro!