É incrível como numa semana as coisas podem evoluir tanto! 5 dias, 4 cafés (hoje não pôde ir, mas avisou ontem). Agora já nos sentamos juntos (por acaso quem o fez 1º fui eu; na 4ª quando cheguei já lá estava, e acabei por ir ter com ele; ontem veio ele ter comigo).
Há sempre motivo para me tocar, seja pondo a mão nas costas, agarrando-me a mão no café, ou ontem apoiando-se no meu ombro para descer a escadaria porque tinha magoado um pé e coxeava. E os beijos, demorados, próximos da boca, cada vez mais.
Pinta, e já me mostrou fotos de quadros que pintou. Tem umas aguarelas e uns retratos a sépia de que gostei muito, e outros que não me encheram tanto o olho. Partilhou retratos da família. Contou projectos que tem, de trabalho, de voluntariado. Coisas que gostaria de fazer. Saídas, desportos.
E o Skype. Falamos durante o dia, cada vez mais próximos, com conversas mais intimistas. Chama-me "querida", mas isso não consigo fazer. Elogia-me, muito.
Estarei a exagerar? A imaginar o que não existe? Isto está a acontecer? Não sei o que pensar, juro que não sei! Gosto? Sim, claro! E ao contrário do que seria normal, ao contrário do que já aconteceu tantas vezes antes, não quero fugir, não me intimida, sinto-me confortável.
Deixo-me ir? Sinceramente, acho que não tenho motivos para parar, e não quero fugir. Parar seria assumir, creio, que algo de errado se passa, ou que imagino que se vá passar.
Faz-me bem, faz-nos bem.
E sim, sinto-me muito bem! Não sei se foi das férias, da promoção, do tratamento para dormir e das "conversas no divã" ou do P. Provavelmente foi de tudo, mas o P. teve decerto um papel fundamental. Ontem fui almoçar com a J. e até ela acho que eu estava mais confiante, mais animada, que "brilhava"!